nas asas do meu coração
Há algum tempo resolvi dar asas ao meu coração, descobri que ele era subjugado a tantas coisas, desconfiado e desconfigurado, principalmente ao amor, aquele, o incondicional. Verbalizamos tanto, mas na hora H cadê a atitude, onde foi parar o centro de mim que saiu como um pião rodando ao Deus dará!
Anos e anos de tentativas, tantas palestras assistidas, leituras imensas e quantidades enormes de livros, textos, aff. Internet então, nem se fale! quantas opiniões, quantas setas indicando - siga. Espiritualidade a rodo, sem o exercício do devido objetivo, chegando a lugar nenhum. Foram tantas as propostas, tantas doutrinas, tantos caminhos que em um determinado momento fiquei perdida. Afinal quanta coisa eu tinha para escolher, mas qual seria o caminho correto. - O caminho correto é de fora para dentro, para dentro do coração.
Aprendi num tropeço qualquer que não devemos dar o controle remoto da nossa vida a ninguém, pois esse alguém vai colocar no ar o canal da preferência dele, não o nosso, não o que nos trará crescimento.
Comecei a triagem deixando passar pela porta principal meu coração cada informação, cada notícia e cada sensação... bingo! Aquilo que nosso coração aceita é o que faz parte dele, logo nos deixa mais confortável e nos trás insights, tão pessoais e tão íntimos, que somente nós conseguimos perceber a intensidade e os reflexos que fazem nosso coração bater mais forte. No entanto deixei a porta de serviço aberta, e o que não serve tem saída garantida, pois não dar ouvidos ao Eu Interno é erro na certa.
Longe, mas longe mesmo estou de qualquer angelitude, hoje quem constrói as asinhas do meu coração sou eu. Acrescento cada peninha, preencho cada pedacinho dele e nessa construção artesanal ouço sinos, pássaros cantando, cheiros e sabores delicados.
Permito que eu seja exatamente como sou, uma aprendiz como qualquer outro ser que está aqui, sob as Leis Eternas e Imutáveis que regem o Universo.
Ele, meu coração, tenta vôos pequenos ainda, às vezes se estabaca, perde algumas partes fica arranhado e amassado e lá vou eu novamente ao restauro.
Nas asas do nosso próprio coração encontramos a rota do crescimento e voamos deixando que ele fale mais alto que nosso ego, que por si só já dá um enorme trabalho, e em seqüência aprende a fazer vôos rasantes desviando dos egos alheios que só nos trazem pesos desnecessários.
Visualizo meu coração voando em muitos lugares, abraçando e acarinhando muitas pessoas, cada maravilha deste nosso planeta azul, e até em dimensões além dessa aqui. Sabe-se lá qual é o limite, se é que ele existe... não, não existem limites!
Quando ele estiver forte e preparado o bastante talvez me leve em plenitude para o verdadeiro caminho da Luz, onde só o coração livre tem a sutileza necessária para transitar.
Sandra Matarazo
11/09/2010
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