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((((* "O QUE VEM SEMPRE ESTEVE AQUI, A PAZ ESTA DENTRO DE TI E SO VOCE PODE TOCALA, SER A PAZ SHANTINILAYA, NADA EXTERNO LHE MOSTRARA O QUE TU ES. NADA MORRE POR QUE NADA NASCEU, NADA SE DESLOCA PORQUE NADA PODE SE DESLOCAR VOCE SEMPRE ESTEVE NO CENTRO, NUNCA SE MOVEU , O SILÊNCIO DO MENTAL PERMITE QUE VOCÊ OUÇA TODAS AS RESPOSTAS" *)))): "ESSÊNCIAIS" "COLETÃNEAS " "HIERARQUIA" "PROTOCÓLOS" "VÍDEOS" "SUPER UNIVERSOS" "A ORIGEM" "SÉRIES" .

sábado, 5 de novembro de 2011

NO BANQUINHO DA ESTAÇÃO

NO BANQUINHO DA ESTAÇÃO



E la éstá você, sentado no banquinho da estação. Sem malas, sem bagagem.
Em uma das mãos um bilhete de embarque. E na outra, só por precaução, uma linda espada azul. Você olha ao seu redor, e vê muitos circulando pela estação. Todos tem um brilho especial no olhar, e um sorriso meio sem graça nos lábios.

O trem está aí, parado na estação. Ele já chegou faz algum tempo, mas o maquinista decidiu esperar até o último segundo possível para partir.

Dentro do trem, alguns já se encontram confortavelmente instalados. Mas estes são poucos. A maioria permanece, como você, parada do lado de fora, observando.

Um som invade a estação. Ele vem de todos os lados, está presente em todos os cantos.

Nesta hora você decide subir as escadas da estação e ver o que acontece lá fora. E então se dá conta do vazio de tudo.

As pessoas caminham pelas ruas como zumbis sem vontade própria. Muitos estão assustados com aquele som que se espalha no ar. Outros parecem tão ocupados com suas obrigações que nem sequer o ouvem. Vendo esta cena, você sente um impulso de pensar que já foi como eles. Mas logo isto passa, e você percebe que, apesar de sua total incapacidade para entender como isto é possível, você É todos e cada um deles.

O som vai ficando mais alto, e alguns dos que estavam na estação decidem subir as escadas e voltar para a rua, na tentativa de chamar os zumbis para o trem.
Você quer dizer que isto é impossível, que aqueles que escolheram não entrar na estação já perderam suas passagens. Não há mais bilhete de embarque disponível. E então, mais uma vez você nada faz, porque compreende que não há nada a fazer.

De volta à estação, você vê o maquinista botar a cabeça para fora da janela. Tudo o que precisa ser dito está naquele olhar. É hora de entrar no trem, porque ele já esperou tempo demais. E de repente, a constatação mais inesperada: você se dá conta de que aquela estação também é ilusória. A realidade está dentro do trem, e todo o resto, simplesmente, não tem mais razão para existir.

Em um breve relance de consciência você percebe que aquele bilhete de embarque era apenas o seu passaporte para entrar na estação, mas não no trem.
Olhando ao redor, dá para ver quantos chegaram tão perto. Quantos receberam o bilhete e entraram na estação. Mas se distraíram e esqueceram de entrar no trem.

Então você caminha de volta até o banquinho no canto da estação, e deixa lá o seu bilhete. Pensa em deixar a espada também, mas se lembra de uma promessa feita há muito tempo. Você prometeu que retornaria e devolveria a espada ao seu dono.

Liberado do peso do bilhete de embarque, sem malas, sem nada além da espada que finalmente você poderá devolver, entra no trem, escolhe um lugar para sentar e observa pela janela enquanto a estação vai lentamente se desfazendo.

Em seu coração só resta a paz. Você é a paz. A aventura chega ao fim.
Tudo está consumado.

Beth Rodrigues

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