BIDI - 05-09-2012 - PARTE 1 - AUTRES DIMENSIONS
Bem, Bidi está com vocês. Nós vamos prosseguir através de suas questões. Eu os saúdo e os escuto.
Questão: como pudemos ter caído na armadilha dos falsificadores? Qual é o papel deles?
Responder
a isto, do ponto de vista do Absoluto, é uma dualidade. Isto existiu,
claro. Isto ainda existe, certamente. Mas, em nenhum caso isso pertence à
Verdade e ainda menos ao Absoluto.
Não há mais falsificadores
que seres que viveram uma história. Esta história é real no nível da
personalidade e da alma. O que tu És, em definitivo, não tem nenhuma
relação com nenhuma história.
Aquele que é Absoluto, em meio a
uma forma, assim como no sem-forma, possui o verdadeiro conhecimento.
Todo o resto e todos esses conhecimentos, do ponto de vista do Absoluto,
são apenas ignorância que mantêm o princípio de Dualidade; bem longe da
Unidade.
Conhecer isso pode ser importante para a personalidade,
para a alma e para aquele que se sente confinado. O Absoluto não
conhece nenhum confinamento em qualquer história que seja. O objetivo de
nossas conversas e “cá entre nós”
é justamente de fazer cessar isso, não de dar respostas a isso, pois
qualquer resposta necessitaria recair em um princípio de dualidade, de
oposição de bem e de mal, concernindo às histórias.
O
Absoluto não se importa com uma história; da sua como de qualquer
outra. O Absoluto, enquanto Centro presente em todo ponto, não se
importa com isso. Assim, pois, esses dados lhes foram dados a fim de fazê-los aproximarem-se de um ponto de Inflexão.
No
que nos diz respeito, em nossas conversas e cá entre nós, isso não tem
nenhuma importância. Tu poderias ler todos os livros de história do
mundo que isso não faria mexer-te uma vírgula da personalidade.
Não
é minha intenção, no decorrer dessas conversas, de nutrir isso ou de
trazer uma resposta qualquer a isso. Ainda mais que isso foi dado,
várias e várias vezes, para todos os que se reuniram, para, justamente,
permitir-lhes não serem mais inscritos em uma história.
Então, permita-me não mais me estender sobre esse gênero de ignorância. Eu
nunca lhes escondi que, qualquer que seja o sistema de conhecimento que
vocês pesquisem, toda pesquisa é apenas vaidade e mostra simplesmente
sua ignorância em Ser a Verdade. É uma fuga desenfreada, uma fuga de si,
uma fuga do Absoluto.
Todos esses conhecimentos, em
definitivo, são apenas ignorância. Eles correspondem a uma camada
profunda da cebola que não conhece nenhuma das outras camadas e menos
ainda a cebola. Elas participam da cena de teatro. Tu queres permanecer no teatro? Tu queres continuar a interpretar a história sem fim? Que terá um fim, um dia, mas ela é repetitiva.
A
única Verdade é reconhecer que todos os seus conhecimentos, desse
conhecido, são apenas ignorância. Aí esta a verdadeira Consciência. Todo
resto não passa de diversão, vigarices e perda de tempo. Tudo o que os
inscreve no tempo, os faz perder tempo. Claro que, se teu objetivo é o conhecimento, então mergulhe nos livros. Mas, nenhum livro te fará viver o que foi vivido.
Tudo
isso só faz manter a ilusão de uma lógica, a ilusão de uma ação-reação;
e não participa, em nenhum caso, ao que tu És. Isto somente te afasta
de ti e te leva para longe daí, onde tu Estás. Tudo o que eu lhes disse,
desde minha primeira intervenção aqui, como a ilustração do que eu
vivi, estava destinado a fazer romper o círculo vicioso do que vocês
chamam conhecimento.
Pergunte, principalmente, o que é que isso
alimenta em ti? Quem tem necessidade de ser alimentado se não o saco de
comida e o saco mental? Será que o que tu És precisa de um alimento
qualquer? A menos que tu te assimiles a um saco, que tem necessidade de
estar cheio até explodir (como a rã). Nada disso tudo pode te levar à
Verdade.
Esse tipo de pergunta existe para distrair e para
confundir e embaralhar a Verdade. A falsificação diz respeito à
precipitação da alma e às circunstâncias do que alguns ignorantes
chamaram a Queda. Mas, qual queda? Como o que nunca se mexeu, e nunca se
mexerá, pode cair de algum lugar? Isso é uma anomalia de ponto de
vista.
O local onde está situada esta questão não é mais que o
reflexo das cogitações do mental, que procura embaralhar a Verdade, que
procura distanciar o que tu És. Quem comanda, quem dirige, em ti? Quem
te faz crer que esse gênero de resposta vai te levar a uma Verdade
qualquer? Atrás de toda questão e atrás de toda resposta, há um vai e
vem. Esse vai e vem é a Vida. Não no conteúdo, ou na resposta, tampouco
na questão. Mas, bem mais, para permitir-lhes ver que nada disso diz
respeito ao que vocês São.
Eu lembro, mesmo assim (mesmo se isso
não concerne ao Absoluto que eu Sou, mas concerne, ainda assim, ao
Absoluto que vocês São), que a história sem fim se termina, no caso em
que vocês não tenham compreendido.
A
história sem fim que se termina é como para o teatro: quando o
espetáculo acaba, é preciso sair. Ninguém acenderá a luz e a tela de
projeção. Ninguém animará o palco. Inclinem-se para o essencial,
inclinem-se para a única coisa que seja útil, atualmente.
Questão: a separação dos seres amados acarretará dilaceramentos, em particular seus filhos?
Mas o dilaceramento só diz respeito à personalidade e aos laços estabelecidos no teatro. Alguém já disse: “seus filhos não são seus filhos”. Aquele que hoje é seu filho; em um outro teatro no passado, matou-o ou você o matou. Porque limitar-se a amar seus filhos? Vocês todos são os filhos, uns dos outros.
Todos vocês são os pais uns dos outros.
Enquanto vocês fizerem diferença entre sua criança e uma criança
qualquer, vocês mostram também, por aí, qual é o seu apego e, pois, o
que os retém e os confina. O sofrimento só diz respeito à personalidade,
que é ilusória.
O Absoluto não apresenta nenhum sofrimento.
Quando eu vivi sobre esta Terra, eu fui afetado por uma doença muito
grave no fim da minha vida. Será que isso mudou o Absoluto? Enquanto
vocês permanecem pregados às suas emoções e veem lá no fundo o Amor,
vocês estão na ignorância do Amor, vocês estão na projeção do amor e
vocês estão na dependência da Ilusão.
Vocês acreditam,
verdadeiramente, que quando o saco de comida desaparece em uma cena de
teatro anterior, permanece o que quer que seja do que vocês criaram como
ligação? Resta simplesmente o apego sem afeição, é isso que vocês
vivem. E, enquanto vocês são tributários disso, vocês estão
acorrentados.
Vocês não podem pretender serem Livres e permanecer confinados. Falar
de dilaceramento mostra simplesmente que é a personalidade que se
expressa, pois o Absoluto vê o teatro, vê a atuação dos atores.
O Si não participa disso. Todas as estratégias do que foi nomeado a
falsificação e o confinamento, existem justamente para fazê-los viver
isso como a única realidade, como a única verdade.
E, desta
verdade totalmente relativa, vocês fizeram leis absolutas. Não lhes é
pedido para rejeitar quem quer que seja, mas porque fazer uma diferença
entre uma criança que vocês fizeram e todas as outras crianças? Onde
está o Amor? Enquanto vocês permanecem neste ponto de vista, não
pretendam viver o Amor. Que dilaceração, quando a Luz está aí? Quando a
Luz está presente todo o resto não existe mais. Somente o Amor e o
Absoluto São.
E este Amor Absoluto não leva em consideração nada
do que é efêmero. É a personalidade e a alma que creem que isso vai
continuar. Isso não continuará. Fiquem confinados, se vocês o desejarem,
mas vejam bem, realmente o que se vive, em vocês, neste momento mesmo,
de modo muito mais importante que quando a cena de teatro estava calma.
Quando
uma cena de teatro está desordenada, quando a luz se apaga ou quando a
luz está muito forte (o que é a mesma coisa), quando há elementos que
vêm perturbar o teatro, o que vocês fazem? Vocês continuam a atuar na
cena? Vocês continuam a projetar o amor e os medos? Ou vocês tornam-se
realmente o que vocês São? Considerar a separação mostra que vocês estão
separados e que o ponto de vista que é expresso, do amor, é parcial, é
função do conhecido.
O Absoluto não pode ser conhecido. Tudo o
que se expressará sempre, será sempre, através da falta, a personalidade
e a alma, que interpretam papéis, funções, atribuições. E que se
apegam, elas mesmas, ao sonho do outro. Que aderem ao sonho comum. Mas,
se vocês quiserem segui-lo, vocês são livres, mas não falem de
Liberdade, não falem de Amor. Falem de apego, de projeção de amor, de
personalidade, de carne.
Enquanto
vocês veem diferença entre um saco de comida que vocês criaram e um
outro saco de comida, vocês veem somente pessoas, isto é, as máscaras
que não existem. O que eu digo chama-os a se situarem e a
assumir. Mas aí eu também não posso responder a esta questão porque ela
diz respeito à personalidade, ao efêmero, ao confinamento.
Então,
não se espantem de ter sofrido o confinamento, de querer a Liberação,
serem Liberados (Viventes ou não, em uma forma ou sem uma forma) e se
interrogarem, sobre a persistência dos laços. Eu sei perfeitamente que o
amor considera sempre, quando um humano o vive, que ele será eterno. E
todos nós vivemos isso. Mas qual amor é eterno? Ele é eterno e se
considera verdadeiramente eterno, no instante.
Mas, ele não pode
ser eterno uma vez que é uma projeção, um ideal. Este ideal não pode ser
criado, aí onde vocês estão, porque, justamente, existe um saco de
comida e um saco mental que os confinam e que os fazem crer em um
liberdade. Que liberdade existe quando se é em um saco, qualquer que ele
seja? A única verdade é aquela do Absoluto, da Consciência, como da
a-Consciência. Todo o resto não passa de jogos de papéis, às vezes
dramáticos, às vezes felizes, mas que não duram jamais.
A memória
pode sobreviver, mas quando esta memória não é mais alimentada, no
senso de uma história, tudo se desmorona. Cabe a vocês vê-lo.
Questão: as relações sexuais seguidas podem frear as evoluções em curso?
Primeiro,
o que se chama de relações sexuais seguidas? Depois, o saco de comida
deve viver sua vida. Ele apareceu um dia. Ele desaparecerá num outro
dia. O que quer que vocês façam desse saco, em que afetaria o Absoluto?
Isso é apenas uma questão de ponto de vista e de local onde vocês
colocam o que vocês fazem.
Quando eu estava em um saco, eu
fumava, e, entretanto, eu posso dizer a alguns que fumar é nefasto para
eles, e para outros que isso não muda nada. Então, é a mesma coisa: tudo
depende do que expressa a sexualidade.
O mais comum ela exprime
somente uma falta, pois aquele que vive o Êxtase, ele está na
sexualidade a cada minuto, ele está no gozo permanente. Então, que viria
fazer o sexo, no íntimo? É uma insignificância. Mesmo se existem seres que vivem uma sexualidade que os transporte, tudo depende do que essa sexualidade exprime:
é uma falta do outro? Da Unidade? Torna-te Absoluto, Seja o que tu És e
a questão da sexualidade não te aflorará mais, seja ela excessiva ou
inexistente.
Ela concerne somente ao saco de comida e, sobretudo,
ao saco mental. O Absoluto não faz caso algum da cena de teatro. E
mesmo a sexualidade, dita sagrada, é uma cena de teatro particular.
Enquanto vocês não mudam o ponto de vista (vocês podem sempre correr
depois do Absoluto, ou mesmo a Última Presença), isso não poderá ser.
É
preciso mudar o olhar já, e depois, fazer o que vocês quiserem. Mas,
perguntar sobre tabaco, sexo, relação mãe-filho, já é se enganar. Houve
um que disse (e ele acabou mal): “procurem o Reino dos Céus e o resto lhes será dado”.
Ora, o ser humano passa seu tempo a procurar tudo, salvo o que ele É.
São as distrações. Quer sejam sexuais, espirituais, quer seja a
Kundalini, a política; são as mesmas distrações com as mesmas
consequências: o confinamento, a perda de liberdade cada vez mais
profunda. Quem pode dizer, hoje, que este Mundo tem boa saúde? Quem pode
dizer que o progresso leva à liberdade? Onde está a liberdade no mundo?
Vocês são subjugados pelo sexo para um, pela TV para outro, pela
possessão de um marido, de um filho.
Encontrem o que vocês São, o
que vocês São desde sempre, e o resto se desenrolará sem nenhuma
emoção, sem nenhum pensamento e, verdadeiramente, no Amor. Enquanto
vocês se ocupam de tagarelices infantis, vocês não são a Verdade, vocês
interpretam um papel. Saiam de todo papel e deixem os papéis se
desenrolarem.
Quanto menos
interferirem no saco de comida e no saco mental, mais a vida de vocês
será harmoniosa, plena, serena, sem questões, sem dúvidas. Vocês serão
Liberados. Porém, enquanto vocês creem interferir, em
qualquer setor que seja, vocês estão na armadilha. Eu não lhes peço de
se fecharem em uma gruta, mas de olharem-se atuar. Então, enquanto vocês
acreditam que é preciso elevar suas Vibrações (e é verdade em um dado
momento), é preciso atentar a tudo o que vocês colocam para dentro de
vocês (a sexualidade, o tabaco, a carne), seja em que nível for.
Porém
em determinado momento vocês irão compreender que o mais importante não
é nada disso. É a Liberdade. O que não quer dizer que é preciso comer
carne todos os dias, ou fazer da sexualidade um ato sagrado ou uma
ocupação. Nem um, nem outro. Enquanto
vocês jogarem esses jogos, vocês estarão na cena de teatro. Mudem o
olhar, mudem o ponto de vista e vocês verão. Mais vocês desapegam de sua
própria vida, mais a Luz agirá.
São vocês que colocam
obstáculos, por seus comportamentos, por seus preconceitos, pelos
pensamentos feitos, pelos apegos. Tudo o que vocês agarram, tudo a que
vocês se apegam, possui vocês. Quer seja o corpo de vocês, seu marido,
sua sexualidade, ou seu cigarro. Se vocês não se apegam a isso, vocês
observarão isso como uma fonte de contentamento ou de doença, mas pouco
importa, isso não os afetará.
Questão: quando a vontade persiste, apesar de tudo, o que fazer para se abandonar?
Eh bem, esquece-te! Se
tu tens a impressão de lutar, efetivamente, muito contigo, isso reforça
a vontade. Esquecer-se, Abandonar-se, é justamente a ausência de
vontade. É o momento em que tu aceitas não mais participar da cena de
teatro, de não ser mais, tampouco, o espectador, de sair do teatro para
dares conta que isso não existe, porque tu És.
Aquele que diz: "eu não posso me Abandonar" significa, por isso mesmo, que ele ainda está na personalidade. Não é a personalidade que se Abandona, é o Si. É excepcional que uma personalidade Abandone, ou se Abandone.
É
por isso que os Anciões lhes falaram do Abandono do Si. A personalidade
é concernida pelo Abandono à Luz, que induz transformações, uma
satisfação, uma ilusão, mais leves. Toda a problemática a que vocês me
submetem, no momento (seja isso o sexo, sejam os filhos, a mãe), e esta
questão, mostram simplesmente que vocês não mudam o ponto de vista.
Vocês
restituem tudo à Ilusão. Vocês restituem tudo ao efêmero, ou seja, ao
pessoal, à pessoa ou à sociedade, ao social. Aí, não há nenhuma solução.
Enquanto vocês não tiverem apreendido isso, vocês não poderão Ser
Absolutos, vocês apenas poderão passar da personalidade ao Si, e nesse
íntimo andarão em círculos. Mas é a liberdade de vocês. Porém, esta
liberdade não é a Liberdade.
Eu não posso mostrar-lhes nenhum
caminho porque, desde que há um caminho, desde que vocês creem percorrer
um caminho, vocês não são o que vocês São, vocês estão em uma projeção.
Dito de outra forma, vocês estão tomando gato por lebre, ou, no exemplo
que eu já dei, vocês confundem, no escuro, uma corda com uma cobra.
É
preciso iluminar já a cena e ver que é uma corda e não uma cobra. Todos
os medos são condicionados pelas crenças e pelas projeções. Se vocês
cessarem toda projeção, todo “eu”, todo “eu Sou” (após tê-lo
encontrado), então aí vocês São a Verdade, este Absoluto de que nada
pode ser dito. Mas, vocês não podem trabalhar, estando no palco, para
fazer desaparecer o teatro.
É impossível. Do mesmo modo quando eu
digo que esse saco de comida, mesmo se é um Templo, ele retorna à
Terra. Será que esse saco de comida vai a algum lugar? Será que uma
afeição vai a algum lugar? Será que uma relação sexual vai a algum lugar
quando ela termina? Se isso não está vivo no passado, na memória, e
sobretudo na necessidade de refazer a mesma coisa.
Não há satisfação alguma que possa sair daí. A satisfação é efêmera.
Se não, se vocês estivessem satisfeitos, uma única vez bastaria. Tudo o
que vocês reproduzem apenas mostra seus limites, sua ausência de ponto
de vista que mudou, sua adesão ao limitado, ao reproduzível, ao
movimento.
Somente aquele que penetra este Estado, além de todo
estado, percebe que não há nem corpo, nem saco de comida, nem mental,
nem identidade, nem história, nem mesmo consciência. Aí está a
beatitude. E esta é permanente, contrariamente a tudo o que se reproduz,
quer sejam os sacos de comida ou as ações.
Vocês estão em um
sonho coletivo e vocês criaram regras, e todos nós criamos regras, nesse
sonho coletivo. Mas nenhuma regra pode depender do Absoluto. O Absoluto
não é uma regra.
Questão: por que é difícil permanecer no instante presente?
Porque
tudo na vida é feito para isso. Quer seja esse saco de comida com suas
necessidades, quer sejam as relações, quaisquer que sejam suas
necessidades. Sejam elas, justamente, as memórias, tanto as suas como as
de todos os que sonharam e que continuam a sonhar.
No Presente
não futuro nem passado, nem amanhã, nem ontem, nem ninguém. Pode-se
dizer que vocês São o Presente. Mas, quando eu digo o Presente não é
somente o tempo presente ou o instante presente. É muito além do tempo.
Isso concerne diretamente o “eu Sou” e o Absoluto, porque a experiência
conduz à experiência e reproduz as experiências.
Olhem
o que vocês fazem com as afeições, com os casamentos, com os filhos,
com os divórcios: é somente reprodução. Onde está a Liberdade?
Pode ter prazer aí, mas o prazer não é uma liberdade. Ele é um
acorrentamento. Reflitam. Onde vocês se situam? A coisa mais importante é
sair da ideia que existe um mundo, que existe uma pessoa, que existe
uma história, que existe uma memória.
Todo o resto resulta disso.
Não procurem em um caminho, que, aliás, só existe em suas cabeças, na
verdade. Enquanto vocês estiverem submetidos a isso, não há porta de
saída. Aliás, esta é a prova.
Questão: as pessoas que querem permanecer para semear a nova Terra, já estão no Absoluto? Como isso se passará para elas?
Vocês
acreditam, verdadeiramente, que o Absoluto tenha desejo de semear o que
quer que seja? O que isso quer dizer: “semear”? É semear novos grãos,
criar novos contextos. Isso é possível, mas na Liberdade do Absoluto.
O
Absoluto não é concernido nem por uma nova Terra, nem uma velha Terra.
Nem por esse Sol, nem pelo futuro Sol. Nem por esse corpo, nem por
qualquer outro corpo. Cabe a vocês ver, pois eu não falarei disso.
Este
não é meu objetivo. Se vocês consideram que é o objetivo de vocês,
então questionem-se por que vocês consideram isso um objetivo. Por que
vocês querem perseguir um objetivo, um caminho e uma história. Uma
história sem fim se acaba e vocês querem reiniciar uma nova história.
Mais alegre e mais leve que a precedente, claro. É a liberdade de vocês,
mas não é a Liberdade.
Vocês
têm sempre necessidade de crer que é necessário ter uma Terra, um
Planeta, que é necessário ter um corpo, que é necessário ter um Sol, que
é necessário ter um guia, um Mestre, um pai, uma mãe, um filho. Mas,
deem-se conta deste condicionamento! Deem-se conta disso.
E
vocês reclamam a Liberdade. Olhem objetivamente. Como vocês querem
encontrar o Presente, como vocês querem ser Liberados Viventes, se vocês
já estão em vias de projetarem-se em uma nova Terra, em um novo Sol, em
um novo corpo? Onde está o Absoluto nisso? Vocês ainda estão no
caminho. Vocês acreditam que existe um caminho, vocês acreditam em uma
evolução.
É a sua liberdade, mas isso não será jamais a
Liberdade. Mudem o ponto de vista e, neste momento, vocês verão as
coisas mais claramente. Não antes. Antes, restam somente projeções ou
interrogações, ilusões. Vocês estão persuadidos de percorrer um caminho,
seja ele do nascimento até a morte, ou em um novo Mundo, ou uma nova
Terra, que, evidentemente, existirão para aqueles que permanecerão
dentro da cebola.
Porém, eu não estou apto a responder este tipo
de pergunta. Eu somente posso lhes colocar o dedo, um alfinete, aí onde
vocês estão: que não são vocês, que é ilusão do caminho, ilusão de um
Mundo novo, mas qual Mundo? Saiam desse condicionamento.
Mesmo
os Anciões lhes disseram, eles têm uma forma temporária para cumprir
algo, eles permaneceram na história, na periferia da história, mas é
tudo.
CLIQUE AQUI para acessar a PARTE 2 desta mensagem.
Mensagem de BIDI - PARTE 1 no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1599
05 de setembro de 2012
(Publicado em 06 de setembro de 2012)
Tradução para o português: Dionéia Lages
M.M - http://minhamestria.blogspot.com.br
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