BIDI - 05-09-2012 - PARTE 2 - AUTRES DIMENSIONS
Pergunta: quando se vive em casal, a refutação das relações sexuais é suficiente para superar os apegos?
Mas
certamente que não. Deixe este saco exprimir o que ele precisa, mas tu
não és isso. Tu queres mudar as regras da personalidade, então eu lhes
digo, sem parar, para mudar de ponto de vista. Ninguém lhes diz para
fazer isso ou aquilo, a não ser para mudar o ponto de vista. Não é
porque tu privas este saco de comida ou este saco mental, de comida ou
de uma relação, que tu vais ser Absoluto.
O Absoluto não tem o
que fazer das circunstâncias do “eu”. O Absoluto não tem o que fazer do
que tu vives com teus filhos, com teus pais, ou com quem quer que seja.
Enquanto tu acreditas nisso, é ainda um ponto de vista do "eu", da
pessoa.
Acreditar que mudando uma circunstância, qualquer que
seja, de sua vida, deste saco, prova simplesmente que vocês estão
identificados a este saco. Eu lhes farei salientar que a cada entrevista
e a cada entre nós, vocês se recolocam, sistematicamente, na pessoa.
Mudar
as regras do jogo sobre o palco do teatro, mudar o cenário, não muda
nada no teatro. A refutação não é rejeitar filhos, marido ou o que quer
que seja. É tomar consciência do efêmero. Ninguém nunca pediu para
deixar o que quer que fosse.
Isto não é mais do que o reflexo do
ego que tenta apropriar-se do Absoluto. É impossível. Mesmo se tu, tu
estás consciente de que tu não sonhas mais, o outro sonhará sempre. O
que é necessário é não romper o que quer que seja, é tomar consciência,
mudar o olhar e de ponto de vista, observar isso pelo que é: uma cena de
teatro.
Deixem a cena se desenrolar. Imaginem que vocês já
estejam no Si, e que vocês se dirigiriam a todos os outros que estão aí,
assistindo à cena de teatro ou os atores, e que tu dizes a eles: "basta, isso não existe." O que vai acontecer? Tu o sabes muito bem: haverá reações.
Portanto,
não há nada a mudar, há apenas que mudar de olhar, de ponto de vista.
Vocês é que se deslocam, e não o palco de teatro. É uma visão
egocêntrica, que traz tudo ao "eu" e ao Si. Não é mudando de "eu" ou
mudando de Si, que vocês vão mudar o olhar. É simples, tão simples que o ego fará de tudo para não vê-lo e encontrar estratégias para tentar evitar este nada dele mesmo.
Então
ele vai mudar as regras do jogo, mudar de parceiros, para parar com
isso, perseguir aquilo. Mas isso se desenrola sempre sobre o palco de
teatro assim. Não há nenhuma mudança de ponto de vista. A refutação não é
separar-se de. Destina-se a mostrar-lhes o fútil e o ilusório do que é
efêmero, de tudo o que é passageiro.
Vocês não são isso: é apenas isso o que há para apreender, para perceber, nada mais. Todo o resto são apenas projeções de interpretações das minhas palavras.
Pergunta: existe um cristal facilitador da estase, durante a sua duração?
O
que é um cristal? Um objeto. Um objeto que encontra um sujeito põe fim
ao sujeito e ao objeto? Eu não sou afetado por esse tipo de pergunta.
Muito menos o Absoluto.
É claro que há interações entre sujeitos
(marido e mulher, mãe-filho). A prova, vocês a colocaram, as perguntas.
Da mesma forma, existem interações entre um objeto e um sujeito. Mas,
desde que haja objeto, desde que haja sujeito, há distância, mesmo se
houver ressonância.
Então eu não lhes peço para jogar os objetos,
mas para ver, realmente as coisas. E então, quando vocês falam sobre um
objeto, seja ele qual for, natural ou manufaturado, vocês vão dizer,
por exemplo: este objeto é de ouro. Vocês vão definir o ouro, vocês vão
definir a natureza do objeto, isto é, a forma.
Um anel de ouro, não é um colar de ouro, mas no entanto é sempre de ouro. Enquanto
vocês identificam, vocês nomeiam, vocês separam e vocês dividem (quer
seja mamãe, papai, o meu filho, e um filho), vocês estão submissos à
forma, aos objetos, às imagens. Vocês estão submissos ao
efêmero, ao que os seus sentidos percebem. O Absoluto não tem qualquer
sentido. Então eu não posso responder a esse gênero de pergunta.
Pergunta: é recomendável partir em uma caverna, como Séréti o havia dito?
Mas
a caverna, ela é o teu Coração: é a caverna Interior. Não é uma caverna
exterior. Por que fazer isso? Não há nenhum lugar para onde ir, exceto
extrair-se do "eu", da pessoa e do Si, isso é da Ilusão. Enquanto vocês
acreditam que uma circunstância exterior, um objeto, um sujeito,
qualquer que seja, vai mudar o que quer que seja, vocês se enganam.
Nenhuma mudança de percepção, nenhuma mudança de cenário, nenhuma
mudança de iluminação, mudará o que quer que seja.
Enquanto vocês
dependem de uma circunstância, de um sujeito ou de um objeto, de uma
história, vocês não estão Livres. Então, é claro, numa caverna, vocês
estão sozinhos. Não há mais sonhos dos outros que venham interferir com
os seus. Mas vocês continuam a sonhar.
Vocês desencadeiam o quê?
Uma experiência mística. Ou vocês vão, eventualmente, espelhar-se no Si,
na projeção deste Amor, em fazer uma felicidade e um objetivo. Erro:
mesmo que seja satisfatório, isso é ainda o ego, isso é ainda a ação de
uma pessoa ou do Si.
Mas quem diz Si, diz forma, diz identidade.
Vocês não superam a identidade, quer seja em uma caverna ou em uma
bolsa, é a mesma coisa. Não há nada do que fugir, não há nada para
cortar, nada para separar, exceto mudar de ponto de vista. Quando vocês
mudam de ponto de vista e de olhar, vocês mudam alguma coisa na cena?
Não. Vocês querem a todo preço mudar a cena, o "eu". Não se preocupem: o
"eu" mudará pela Luz, o que quer que vocês pensem.
A sua
estratégia não deve ser a de querer mudar as regras, mas simplesmente de
mudar de ponto de vista e de olhar. O Absoluto é o que vocês São.
Como
mudar uma circunstância, uma situação vai fazer desaparecer a Ilusão?
Isso é uma ilusão. Vocês acham que vocês têm que ir de um ponto ao
outro, vocês acham que vocês devem mudar o cenário, porque há coisas
irritantes, nesse cenário, quer isso seja o marido, a mulher ou o que
quer que seja. Mas vocês não compreenderam nada. Vocês transpõem a culpa no outro. Qual outro? Não há mais outro além de vocês.
Para
isso, é preciso mudar o olhar, não mudar as coisas. Deixem as coisas
acontecerem, elas não precisam de vocês, o que quer que vocês façam. Eu estou contente em ver que as últimas resistências se expressam em plena luz do dia.
Pergunta:
o que significam esses três sonhos? 1. Eu recuso que um cabeleireiro,
incompetente, corte o meu cabelo. 2. Eu e uma garota recusamos um
orçamento proposto por um empreiteiro para refazer a nossa cozinha. 3.
Eu recuso o que um homem quer impor a mim.
Mas não importa: são apenas sonhos. O que tu pensas, o que tu vives, é um sonho. E neste sonho, há outros sonhos.
O
que vem fazer o sonho no Absoluto? O sonho está tão distante do
Absoluto, quanto o que tu interpretas quando tu estás acordada.
Inclina-te em vez disso, sobre o que tu eras antes de ser uma pessoa,
antes de sonhar. O que tu procuras como explicação? Quem busca a explicação? Quem quer uma resposta para isso?
Dizer-te
que é o mesmo, porque todos estes sonhos só falam de ornamento, de
decoração (seja os cabelos, a cozinha, o homem)? Estes são apenas
elementos da decoração.
Tu queres estar submissa à decoração? Tu
queres continuar a manter as tuas quimeras, a aparência? Para
discriminar o que é bom ou não bom, até mesmo numa cozinha. O importante
não é a explicação, mas por que ela existe. O que isso reflete, além da
explicação?
Um jogo, uma quimera. Mesmo um sonho profético que se
revela ser verdadeiro, que sentido tem ele? Em que isso satisfaz? Em que
isso implica? Tu estás inserida em uma pessoa, em uma trajetória, em
uma história. Mas não há qualquer solução no sonho. Não há qualquer
solução na pessoa.
Pergunta:
sentir uma dormência, como se a pele se tornasse de papelão na parte
superior da face esquerda, irradiando para cima e para o nariz,
corresponde à abertura do canal mariano?
Dentro da pessoa, os
Anciãos estão empenhados em dar-lhes marcadores mesmo dentro dessa
pessoa, mesmo dentro desse teatro (marcadores formais) no palco do
teatro. A mesa não está na cama, ela está na sala de jantar.
Saber
que a mesa está na sala de jantar coloca as coisas em ordem e permite,
por certas pontes, compreender bem que esta é uma cena de teatro. Então,
sim, de fato, a mesa está bem na sala de jantar e a cama no quarto. O
posicionamento dos objetos da pessoa, nesse quadro, permite extrair-se
dele.
Isto não é o mesmo que, por exemplo, querer saber quem está
no Canal Mariano e por que ele não fala a vocês, e por que ele não lhe
dá tal sensação? Portanto expressar em algum lugar, no palco do teatro,
uma localização, não é aderir à pessoa, mas justamente, ver que a pessoa
é permeável, totalmente permeável. É já, mudar de ponto de vista. Está
além de toda explicação, de toda compreensão porque não é um julgamento:
"eu o sinto bem, eu o sinto mal, eu não o sinto".
Mas é bem a percepção justa, da boa localização. E é isso que é
importante. Isto é o que permite, justamente, sair de toda localização.
Pergunta:
recentemente, durante uma longa semana, no primeiro instante do
despertar, eu podia ver como em câmera lenta, o meu mental pôr-se em
movimento. Uma primeira imagem e um filme qualquer aparecem. Uma segunda
e mais densa acoplada nela. E os vagões são adicionados sem qualquer
lógica ou inteligência aparente. Depois a tricotagem começa e o filme
torna-se mais coerente.
Se nesses primeiros momentos eu caio no sono de
novo, aparece um sonho que se serve dos elementos precedentes e que não
tem nem pé nem cabeça. A tomada de consciência destes elementos é uma
grande força para a refutação do mental no decorrer do dia. Desde uma
longa semana, eu não vivo mais o processo e o mental parece querer
alcançar o tempo perdido. Um conselho para reencontrar este estado?
O
que tu descreves é muito exatamente o que deve acontecer. No momento em
que vocês emergem do sono, vocês estão virgens de todo pensamento, de
todo saco. E é aí que vocês podem tomar consciência do aparecimento do
corpo, como do aparecimento do mental.
Tomar consciência deste
momento é crucial, como tu o dizes. Porque é isso que te é dado a ver,
exatamente quando tu mudaste de ponto de vista e de olhar. Quando este
momento é identificado, é reencontrar, realmente, o que tu És, mesmo se
isso não se instale de forma permanente.
Mas ter tomado a
consciência disso, e tê-lo vivido, é a única verdade, o único lugar onde
tu podes reencontrar o que tu És, mesmo que isso não dure. Porque é
preciso que o saco de comida e o saco mental continuem a viver. Mas
viver isso já é tomar uma forma de distância do ilusório e do efêmero.
Isso
se produzirá novamente, sem nenhuma dúvida. Mas por mais que tu te
impregnes do que tu És, antes que o corpo não se mova, antes que o
mental não chegue: é muito exatamente isso o que é a tua natureza. O
Absoluto está aí.
Depois disso, vem o observador, aquele que
observa mesmo o que se desdobra. Mas no momento em que tu te acordas, e
em que tu vives isso é a ausência do observador que está escondido por
detrás. Tu estás aí. Então não te preocupes, não te atenhas, não mais ao
desaparecimento deste estado. Ele voltará.
Porque desde o
instante em que, pela primeira vez, esta mudança de olhar foi vivida, tu
sabes pertinentemente, que aí esta a Verdade. Tu vês, além disso, os
efeitos dela, como tu o dizes, no desenrolar do teu dia. É
muito exatamente esse estado, além de todo estado, que acontece ao
despertar, quando tu não sabes mais se tu estás em um corpo, quando não
há pensamento e, quando, no entanto, tu Estás aí. Mas tu És, aí,
despojado de todo efêmero. Aqui está o Absoluto. Aqui está o que tu És.
Demonstrando,
assim, que aqueles que querem mudar disso ou daquilo, não têm
estritamente nada concluído. O mental / ego é um obstáculo: ele quer
continuar jogando. Esses momentos são essenciais, porque são eles que te
conduzem o que tu És, quando tu te apercebes que tu És,
independentemente de um corpo, de uma história, de uma memória e de um
mental. Mas isso não impede este corpo de existir, nem mesmo o mental de
ser, nem os objetos e os sujeitos em torno de vocês, de ser.
Simplesmente,
aí, na verdade, o olhar, o ponto de vista, mudou e, portanto, a vida
toda mudou, mesmo se, efetivamente, existe a possibilidade de voltar
para a personalidade ou para o Si: mas isso é realmente vivido como um
jogo. Não há mais qualquer apego, não pode mais haver qualquer
sofrimento, mas simplesmente um jogo. É aquele momento que vocês devem
procurar e identificar. Não como uma busca, Interior ou exterior, mas
aproveitar que o saco de comida e o mental não existem.
Quando tu
fechas os olhos, o mundo existe? Não. Quando tu dormes, tu sabes onde
teus filhos estão? Não. A menos que tenhas sonhos recorrentes. Quando tu
dormes, tu te fazes a pergunte do sexo ou do tabaco? O Absoluto, ele é a interface entre o sono e o acordar da manhã.
Se vocês chegam a estar aí, vocês Estão nele e toda sua vida será
diferente, sem nada querer mudar. Porque não é mais a sua vontade
pessoal, ou o espelhamento do Si que vai agir, é outra coisa.
Pergunta: a sedução faz parte das linhas de predação do primeiro e do segundo chacras ou ela é um aspecto da personalidade?
Eu
diria, os três, de cada vez. Toda noção de sedução passa por um dos
sentidos ou por uma ideia. É virtual. Isso impulsiona, necessariamente,
todos os corpos grosseiros. A sedução consiste em levar a si. Qual é o
objetivo da sedução, seja ela qual for?
É de continuar a Ilusão. O
Amor não é uma sedução. É um estado, além de todo estado. Isso não será
jamais uma projeção de um ideal, a uma pessoa, a uma sociedade, ou a
qualquer coisa ou a qualquer um.
A sedução, quaisquer que sejam
os aspectos agradáveis, só leva ao ilusório porque o que foi seduzido um
dia, será rejeitado, noutro dia. É inevitável. Apenas uma ideia pode
seduzi-los por mais tempo do que um objeto ou um sujeito, do que uma
pessoa. E a sedução, por um ideal (que é também uma projeção), pode
durar a vida toda, se não todas as vidas.
Mas isso não muda nada.
Porque toda a sedução, em última análise, é apenas o reflexo da falta
de Amor, e da incompreensão do Amor, e da não vivência do Amor. O Amor
É. Ele não se acomoda de nenhuma sedução, de nenhuma ligação, de nenhuma posse, de nenhum caminho.
É
a projeção do Amor que criou isso. Mas a projeção do Amor é apenas a
projeção das faltas. Porque aquele que É Amor, que É Absoluto, não tem
estritamente nada a projetar, nem a seduzir. Sendo Amor, tu tens
justamente que Ser esse Amor. O fato de amar, é já uma projeção: é
considerar que há emissão. É considerar que há uma ação. É considerar
que há uma falta.
Gostaria de
lembrá-los de que vocês são o que você procuram. Gostaria de lembrá-los
que não há caminho. Gostaria de lembrá-los que vocês São Amor. É isso, mudar de ponto de vista e vivê-lo, e até mesmo encarná-lo, se vocês quiserem.
Pergunta: teremos ainda necessidade de órgãos sensoriais?
Aqui
está outro exemplo típico de uma pessoa que acredita que ela vai
encontrar suas deficiências, seus amores, a sua casa, as suas roupas, a
sua comida. Como imaginar uma coisa dessas? Como ousar pensar que isso
pode continuar? Nada é retirado após a Passagem.
Absolutamente nada.
Este já é o caso quando o saco de comida desaparece normalmente. O
que vocês acreditam levar consigo? Um órgão, um marido, uma esposa, um
filho, uma peça de roupa ou qualquer outro objeto? Isso são fantasmas.
Só
aquele que é Absoluto sabe, porque ele o vive. Ele sabe que ele está em
um saco de comida e mental. Ele sabe que há outros sacos, interações de
sacos, em todos os níveis. Mas não é isso. Por que levaria consigo o
que ele não é? Por que pensar esse tipo de coisas? Por que imaginar,
mesmo esse tipo de coisas? Como vocês querem ser Absoluto, ou como vocês
querem viver esse Desconhecido (porque vocês não o conhecem),
carregando o que lhes é conhecido, uma vez que tudo o que lhes é
conhecido é efêmero?
Vocês acham que vocês vão levar os seus
colares, os seus anéis? Vocês acham que vocês vão carregar as suas
afeições, as suas ligações? Quem pensa isso? Quem imagina isso, se não
é, precisamente, o que é limitado, mas limitado em todos os sentidos,
profundamente limitado.
E, no entanto, vocês ainda têm a
experiência, para aqueles que lhes deixaram (que morreram): eles
carregaram o menor objeto, a menor pessoa? O que resta? Apenas, a
lembrança, a memória. Mas vocês, não neles. O
que quer, em vocês, se agarrar ao conhecido? O que quer, em vocês,
imaginar uma solução de continuidade? Façam-se esta pergunta e olhem-se. Prossigamos.
Pergunta: "do outro lado", nós nos beneficiaremos de uma aprendizagem?
Mas
a Luz é Inteligência, Total e Absoluta, Instantânea, sem tempo, sem
futuro e sem passado. A única aprendizagem é a de reconhecer isso, isso
quer dizer que o condicionamento do ilusório foi tal, que (olhem,
através de suas perguntas) você imaginam carregar deficiências, vocês
imaginam carregar memórias.
É a pessoa que considera isso. Então,
o único aprendizado, é como quando vocês ficam no escuro por muito
tempo: quando vocês saem do escuro, a luz os ofusca.
É exatamente
a mesma coisa. Tudo a que vocês têm dado alguma forma de persistência,
em suas ilusões, em suas crenças, poderá atrapalhá-los, por certo tempo.
Isso pode ser chamado de um aprendizado. Mas aquele que é Absoluto em
uma forma não requer nenhuma aprendizagem, porque ele conhece a Verdade.
Ele É a Verdade.
No período em
que vocês estão neste saco de comida e mental, o que vocês acreditam, é
ao que vocês aderem, toma vocês. E mesmo quando isso não os toma mais,
vocês persistem em segurá-lo.
Aí está a aprendizagem: entender que não há joias, nem casas, nem canudos, nem maridos. Vocês
sabem, é como se os atores: não há mais ninguém que assista ao teatro,
todo mundo saiu e eles querem continuar a representar. Eles estão tão
absortos em sua própria criação ilusória, que é preciso, eu diria, não
uma aprendizagem, mas um descondicionamento.
Há, de fato, uma
forma de aprendizagem, eu diria, dos códigos de Luz, que não são regras
nem leis. Imaginar que chegando na Luz, vocês gastam o seu tempo
recriando ligações, objetos, crianças, casas e sabe-se lá mais o quê? Há
quem o faça.
Aí é preciso descondicionar. Vocês estão tão
absorvidos nos jogos que vocês acreditam que os jogos estão presentes em
toda parte. É como para os olhos ou os sentidos: quantas vezes
os Anciãos, as Estrelas, lhes disseram que vocês não precisam de olhos
para ver?
Isso lhes parece tão absurdo, tão impossível e, no
entanto, é a estrita Verdade. Vocês estão sujeitos aos seus sentidos,
neste saco. Os sentidos são limitados e eles os limitam. O Absoluto é Ilimitado, como a Luz. Vocês
não precisam de sentidos na Luz, porque a Luz é o Sentido. Vocês não
precisam de apêndices: vocês não precisam de mãos nem de cérebro.
Percebam
que o condicionamento que é o vosso: vocês estão em um corpo perecível e
vocês imaginam que há coisas (deste corpo, deste mental, desta pessoa)
que vão persistir. É maravilhoso. É, antes de tudo, um pesadelo.
Mudem de ponto de vista. Parem de imaginar que haveria alguma
persistência do que quer que fosse. Lembrem-se do momento do despertar,
pela manhã, quando não há ainda consciência do corpo: vocês são isso.
Pergunta: "do outro lado", haverá reagrupamentos por afinidades?
Mas
vocês não precisam se reagrupar, do outro lado, uma vez que vocês se
comunicam além do tempo e do espaço. Vocês não estão atribuídos a uma
forma, a nenhum limite, a nenhuma percepção, tal como vocês o concebem.
Então, se vocês quiserem se reagrupar a todos os planetas, em todos os
sistemas solares, em todas as Dimensões, vocês o São, sem esforço,
espontaneamente. Não há nenhum movimento.
Pergunta: no momento da "partida", nós estaremos conscientes?
Mas não somente vocês estarão conscientes, mas vocês vão Despertar. É agora que vocês dormem. É agora que vocês estão mortos.
Quando
vocês chamam a Ascensão, mais vocês se tornam Conscientes. Vocês não
são o que vocês acreditam sê-lo. Vocês sonham. Vocês estão projetados em
um saco, que apareceu um dia, que desaparecerá noutro dia. É
precisamente quando a ilusão desaparece que o Eu Sou aparece, em sua
Glória e que o Absoluto pode ser vivido, como a Única e Última Verdade.
Então,
vocês estarão Conscientes do que vocês São, e não do que vocês
acreditam. Se, no entanto, o que vocês acreditam é mais forte do que a
Consciência do que vocês São, aí, haverá descondicionamento.
Vocês
sabem, que, deste lado, na encarnação, não há nada pior do que aquele
que não pode ver, ou que não quer ver. Mas eu não falo de ver com os
olhos, eu sempre falo da mudança de ponto de vista e de olhar. A prova
está nas perguntas. Vocês imaginam, todos, uma solução de continuidade,
mas nada pode continuar, desde que nada jamais começou. O que vocês
querem que continue? Aí está a Consciência, não nas projeções e no
sonho.
Pergunta: Como você explica o desejo irrepreensível de jogar jogos de computador e assistir a filmes, para ocupar o mental?
Isso é chamado o Eixo ATRAÇÃO - VISÃO. Esta é a falsificação, a sedução, o que é visto, a gratificação imediata, o prazer imediato.
Não
há outra solução que não aderir mais a isso e não há maneira de chegar
lá. Então vocês têm, é claro, drogas, vocês têm descondicionamentos,
lugares especializados para isso. Percebam o nível do condicionamento. O
que vocês São, Absoluto, que se envolve em um jogo ilusório, uma vez
que é uma imagem. Isso só mostra o medo, a um nível extremo.
E,
além disso, os Anciãos lhes disseram: tudo o que existe aqui, aí onde
vocês estão, é senão construído sobre o medo, sobre a falta, sobre a
ignorância. Assim, os sistemas de conhecimento foram construídos para
cercar a ignorância, como para os princípios de sedução, os filmes, os
jogos.
E vocês queriam que isso continuasse?
Mas eu não tenho solução. É preciso dirigir-se a uma pessoa que tenha
autoridade sobre isso, o que vocês chamam um médico, um terapeuta. Mas
eu não posso parar aquele que faz isso.
Ele se submeteu, a si
mesmo, aos seus maiores medos, os do desaparecimento da pessoa. A única
solução, também aqui, a mais lógica é a de não estar no ponto de vista
da pessoa. A que vocês dão corpo? A que desejo vocês sucumbem? A que
vocês se dão? Olhem. Ousem olhar-se. Sem se julgar, sem condenar. Como vocês podem julgar ou condenar o que não existe? Isso é um absurdo.
Nós não temos mais perguntas, nós vos agradecemos.
Então BIDI, vos agradece por sua Atenção, por sua escuta benevolente. E vivamos um momento no Nada, que, para vocês, não é nada. Mudem o olhar. Façamos isso juntos.
... Compartilhamento do Dom da graça ...
Bem, BIDI vos saúda.
Até logo.
Mensagem de BIDI - PARTE 2 no site francês Autres Dimensions:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1599
05 de setembro de 2012
(Publicado em 06 de setembro de 2012)
Tradução para o português: Josiane Oliveira - http://fontedeunidade.blogspot.com.br/
F.D.U - http://fontedeunidade.blogspot.com.br/
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