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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Serie - (22) A vida e os ensinamentos de Jesus -começando o trabalho público

Serie - (22) A vida e os ensinamentos de Jesus -começando o trabalho público

Esta série foi extraída do Livro de Urântia. Os 77 capítulos, mais de 700 páginas, que ocupam um terço do livro, dão dia a dia, toda a vida de Jesus Cristo desde sua infância. Dão 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus do que a Bíblia. É o relato mais espiritual sobre Jesus até hoje escrito.



COMEÇANDO O TRABALHO PÚBLICO

No primeiro dia da semana, 19 de janeiro, do ano 27 d.C, Jesus e os doze apóstolos estavam prontos para partir das suas instalações em Betsaida. Os doze de nada sabiam dos planos do seu Mestre, exceto que estavam indo até Jerusalém para assistir à festa da Páscoa, em abril, e que era intenção viajar pelo caminho do vale do Jordão. Não se afastaram da casa de Zebedeu antes de perto do meio-dia, porque as famílias dos apóstolos e outros discípulos vieram para despedir-se e desejar que eles se dessem bem no novo trabalho que iam começar.

Pouco antes de partir, os apóstolos se perderam do Mestre e André foi atrás dele. Depois de uma busca breve, encontrou-o assentado em um barco na praia; Jesus estava chorando. Muitas vezes, os doze haviam visto o Mestre demonstrando estar afligido e haviam presenciado, em breves momentos, as suas preocupações mentais sérias; nenhum deles, entretanto jamais o havia visto chorar. André ficou um tanto assustado de ver o Mestre atingido desse modo, na véspera da partida deles para Jerusalém, e atreveu-se a chegar até Jesus e perguntar: “Neste grande dia, Mestre, quando nós estamos para partir rumo a Jerusalém no intuito de proclamar o Reino do Pai, por que choras? Qual de nós ter-te-ia ofendido?” E Jesus, voltando com André para junto dos doze, respondeu-lhe: “Nenhum de vós causastes essa tristeza. Eu me entristeci apenas porque ninguém da família do meu pai José lembrou-se de vir para nos desejar boa-viagem”. Naquele momento Rute estava visitando o seu irmão José em Nazaré. Outros membros da sua família mantiveram-se afastados por orgulho, desapontamento, mal-entendidos ou pequenos ressentimentos, que eles se permitiram ter em resultado de mágoas.

1. DEIXANDO A GALILÉIA


Cafarnaum não era distante de Tiberíades, e o renome de Jesus havia começado a espalhar-se bastante em toda a Galiléia indo mesmo até locais mais distantes. Jesus sabia que Herodes logo seria informado sobre o seu trabalho; desse modo julgou que fosse melhor viajar para o sul e pela Judéia, com os apóstolos. Um grupo de mais de cem crentes desejava ir junto com eles, mas Jesus falou-lhes suplicando a eles que não acompanhassem o grupo apostólico, na sua jornada rio Jordão abaixo. Embora assentissem em permanecer quietos, muitos deles acabaram indo atrás do Mestre, depois de alguns dias.

No primeiro dia, Jesus e os apóstolos seguiram somente até Tariquéia, onde pousaram naquela noite. No dia seguinte, viajaram até um ponto no Jordão, perto de Pela, onde João havia pregado, cerca de um ano atrás, onde Jesus tinha recebido o batismo. Ali, pousaram por mais de duas semanas, ensinando e pregando. Ao fim da primeira semana, várias centenas de pessoas, procedentes da Galiléia, Fenícia, Síria, Decápolis, Peréia e Judéia, tinham-se agrupado em um acampamento perto de onde Jesus e os doze estavam.

Jesus não fez nenhum sermão público. André dividiu a multidão e designou os pregadores para as reuniões da manhã e da tarde; depois da refeição da noite, Jesus falou aos doze. Ele não lhes ensinou nada de novo, mas repassou o seu ensinamento anterior e respondeu às muitas perguntas deles. Numa dessas noites, ele disse aos doze algo sobre os quarenta dias que passara na montanha perto daquele lugar.

Muitos daqueles que vieram da Peréia e Judéia haviam sido batizados por João e estavam interessados em saber mais a respeito dos ensinamentos de Jesus. Os apóstolos conseguiram grande progresso, ensinando aos discípulos de João, pois de nenhum modo eles depreciaram as pregações de João, e também desta vez eles nem mesmo batizaram os seus novos discípulos. Entretanto, para os seguidores de João, era sempre uma pedra no caminho, que Jesus, sendo tudo aquilo que João havia anunciado, nada fizesse para tirá-lo da prisão. Os discípulos de João nunca puderam compreender por que Jesus não impediu a morte cruel do seu amado líder.

Noite após noite, André cuidadosamente ensinava aos seus amigos apóstolos a delicada e difícil tarefa de darem-se bem com os seguidores de João Batista. Durante esse primeiro ano da ministração pública de Jesus, mais do que três quartos dos seus seguidores haviam anteriormente seguido João e dele haviam recebido o batismo. Passaram todo esse ano, 27 d.C. , retomando calmamente o trabalho de João na Peréia e Judéia.

2. A LEI DE DEUS E A VONTADE DO PAI

Na noite anterior àquela em que eles deixaram Pela, Jesus deu aos apóstolos mais instruções a respeito do novo Reino. Disse o Mestre: “Tem sido indicado a vós esperar pela vinda do Reino de Deus; agora eu estou anunciando que este Reino há muito esperado está próximo e à mão, e até mesmo que já está aqui e em meio a nós. Em todo reino deve haver um rei assentado no seu trono e decretando as leis desse reino. E assim vós desenvolvestes um conceito do Reino do céu como um governo glorificado do povo judeu sobre todos os povos da Terra, com um Messias assentado no trono de Davi e, desse local de poder miraculoso, promulgando as leis para todo o mundo. Mas, meus filhos, não vedes com os olhos da fé, e não ouvis com o ouvido do espírito. Eu declaro que o Reino do céu é a realização e o reconhecimento do governo de Deus, dentro dos corações dos homens. É bem verdade, há um Rei neste Reino, e esse Rei é o meu Pai e vosso Pai. De fato nós somos os seus súditos leais, mas, transcendendo de longe, a esse fato, está a verdade transformadora de que nós somos os seus filhos. Na minha vida tal verdade está tornando-se manifestada para todos. O nosso Pai também se assenta em um trono, mas não um trono feito pelas mãos. O trono do Infinito é a eterna morada do Pai no céu dos céus; Ele completa todas as coisas e proclama as Suas leis de universos a universos. E o Pai também governa dentro dos corações dos Seus filhos na Terra, pelo espírito que Ele enviou para viver dentro das almas dos homens mortais.

“Quando fordes súditos desse Reino, de fato ouvireis a lei do Soberano do Universo; mas quando, por causa do evangelho do Reino quel eu vim declarar, vós vos descobrirdes pela fé, como filhos, não mais vos vereis como criaturas súditas da lei de um rei Todo-Poderoso, mas vos vereis como filhos privilegiados de um Pai divino e amantíssimo. Em verdade, em verdade, eu vos digo, enquanto a vontade do Pai for como uma lei, para vós, difícil será estar no Reino. Mas quando a vontade do Pai tornar-se verdadeiramente a vossa vontade, então estareis de fato no Reino, porque o Reino ter-se-á tornado assim uma experiência estabelecida dentro de vós. Enquanto a vontade de Deus for a vossa lei, vós permanecereis como nobres súditos escravos; mas quando vós acreditardes nesse novo evangelho da filiação divina, a vontade do meu Pai torna-se a vossa vontade, e vós então sereis elevados à alta posição de filhos livres de Deus, filhos liberados do Reino”.

Alguns dos apóstolos conseguiram captar algo desse ensinamento, mas nenhum deles compreendeu, na sua plenitude, o significado dessa anunciação espantosa, exceto talvez Tiago Zebedeu. Essas palavras, contudo, calaram fundo nos seus corações; mas ressurgiram alegrando os ministérios deles, durante os últimos anos de serviço.

3. A PERMANÊNCIA EM AMATOS

O Mestre e os seus apóstolos permaneceram perto de Amatos, por quase três semanas. Os apóstolos continuaram pregando, duas vezes por dia à multidão e Jesus pregava aos sábados à tarde. Tornou-se impossível continuar com as recreações às quartas-feiras; e assim André fez um arranjo para que dois apóstolos descansassem um dia, dos seis na semana, ao passo que aos serviços dos sábados todos estavam presentes.
Pedro, Tiago e João realizavam a maior parte das pregações públicas. Filipe, Natanael, Tomé e Simão ocupavam-se com grande parte do trabalho pessoal e davam instruções para os grupos especiais de buscadores da verdade; os gêmeos continuavam no seu trabalho geral de supervisão da segurança, enquanto André, Mateus e Judas formavam um comitê geral de administração a três, embora cada um deles também fizesse um trabalho religioso considerável.

André estava bastante ocupado com a tarefa de desfazer os mal-entendidos e desacordos constantes e repetidos entre os discípulos de João e os discípulos mais recentes de Jesus. Situações sérias surgiam de poucos em poucos dias, mas André com a assistência do corpo de apóstolos conseguia fazer com que as partes em contenda chegassem a alguma espécie de acordo, temporariamente ao menos. Jesus recusava-se a participar de qualquer dessas conversas; e também não daria nenhum conselho sobre como fazer os acordos adequados para essas dificuldades. Nem mesmo uma vez ele ofereceu sugestão de como os apóstolos deviam resolver tais questões desconcertantes. Quando André trazia essas questões a Jesus, este dizia sempre: “Não é sábio que o dono da festa participe das complicações com a família dos seus convidados; um pai sábio nunca toma partido nas pequenas rixas entre os seus próprios filhos”.

O Mestre demonstrou uma grande sabedoria e manifestou perfeita eqüidade em todas as suas condutas para com os seus apóstolos e para com todos os seus discípulos. Jesus era verdadeiramente um mestre para os homens; ele exerceu grande influência sobre o seu semelhante humano, porque a sua personalidade combinava encanto e força. Havia uma influência sutil de comando na sua vida austera, nômade e sem lar. Havia uma atração intelectual e um poder de atração espiritual na sua maneira de ensinar com autoridade, na sua lógica lúcida, na sua força de raciocínio, na sagacidade do seu discernimento, na agilidade da sua mente, no seu equilíbrio sem par e na sua tolerância sublime. Ele era simples, varonil, honesto e destemido. Junto a toda essa influência física e intelectual, manifestada pela simples presença do Mestre, havia também todos os encantos espirituais do ser, que se tornaram inerentes à sua personalidade – paciência, ternura, mansidão, doçura e humildade.

Jesus de Nazaré era de fato uma pessoa forte e poderosa; ele era um poder intelectual e uma fortaleza espiritual. A sua personalidade era de um grande apelo não só para as mulheres voltadas para a espiritualidade, entre os seus seguidores, mas também para o instruído e intelectual Nicodemos e para o duro soldado romano, o capitão da guarda parado junto à cruz, e que, quando terminara de ver o Mestre morrer, disse: Verdadeiramente, este foi um Filho de Deus”. E os rudes e vigorosos pescadores galileus chamavam-no de Mestre.

Os retratos de Jesus têm sido bastante infelizes. Essas pinturas do Cristo têm exercido uma influência deletéria sobre a juventude; os mercadores do templo dificilmente teriam fugido diante de Jesus, caso ele tivesse sido um homem tal como os vossos artistas têm-no retratado usualmente. A sua masculinidade era cheia de dignidade; ele era bom, e isso era natural. Jesus não posava como um místico suave, doce, gentil e bom. O seu ensinamento era de um dinamismo impressionante. Ele não apenas tinha boas intenções, mas realmente percorria os lugares fazendo o bem.

O Mestre nunca disse: Vinde a mim todos vós que sois indolentes e todos vós que sois sonhadores”. No entanto, muitas vezes disse: “Vinde a mim todos vós que trabalhais, e eu vos darei descanso – força espiritual”. O jugo do Mestre realmente é leve, mas, ainda assim, ele nunca o impõe; cada indivíduo deve tomar esse jugo pela sua própria e livre vontade.

Jesus retratou a conquista pelo sacrifício, o sacrifício do orgulho e do egoísmo. Ao mostrar misericórdia, ele almejava retratar a libertação espiritual de todos os ressentimentos, mágoas, raiva, ambição de poder pessoal e vingança. E, quando ele dizia: “Não resistais ao mal”, não tinha a intenção de buscar desculpas para o pecado, nem de aconselhar a confraternização com a iniquidade, conforme explicou mais tarde. Ele tinha a intenção de ensinar mais ainda o perdão, de “não resistir ao mau tratamento infligido à vossa personalidade, aos ferimentos profundos causados aos vossos sentimentos de dignidade pessoal”.

4. ENSINANDO SOBRE O PAI

Enquanto permanecia em Amatos, Jesus passou muito tempo com os apóstolos instruindo-os sobre o novo conceito de Deus; de novo e de novo ele tentava imprimir neles a idéia de que Deus é um Pai, não um guarda-livros grande e supremo que está preocupado mais em registrar os males causados pelos seus filhos errantes da Terra, em fazer os registros dos seus pecados e perversidades, para serem usados contra eles, quando Ele for julgá-los posteriormente como o Juiz justo de toda a criação. Os judeus tinham já, havia muito tempo, concebido Deus como um rei que se sobrepunha a tudo, até mesmo como um Pai da nação, mas nunca antes um grande número de mortais havia alimentado a idéia de Deus como um Pai cheio de amor pelo indivíduo.

À pergunta de Tomé: “Quem é este Deus do Reino?” – Jesus respondeu: “Deus é o vosso Pai; e a religião – meu evangelho – nada mais é, nem nada menos, do que o reconhecimento crente da verdade de que vós sois os filhos Dele. E eu estou aqui entre vós, na carne, para tornar claras ambas essas idéias, por meio da minha vida e dos meus ensinamentos”.

Jesus também buscou libertar as mentes dos seus apóstolos da idéia de oferecer sacrifícios animais como um dever religioso. Aqueles homens, no entanto, instruídos na religião do sacrifico diário, eram lentos para compreender o que ele queria dizer. Contudo, o Mestre nunca se cansou nem se aborreceu durante a ministração do seu ensinamento. Quando ele não conseguia alcançar as mentes de todos os apóstolos por meio de uma ilustração, ele repetia a sua mensagem e empregaria um outro tipo de parábola com o propósito de esclarecê-los.

Nessa época, Jesus começou a ensinar mais plenamente aos doze a respeito da missão que eles tinham “de confortar os aflitos e de ministrar aos doentes”. O Mestre ensinou-lhes muito sobre o homem, como um todo – a união do corpo, mente e espírito; que formam o homem ou a mulher individualmente. Jesus falou aos seus colaboradores sobre as três formas de aflição que eles encontrariam e explicou como eles deveriam ministrar a todos aqueles que sofrem as tristezas das doenças humanas. Ele ensinou-lhes a reconhecer:

1. As doenças da carne – aquelas aflições consideradas comumente como sendo as doenças físicas.
2. As mentes perturbadas – aquelas aflições não físicas, que foram consideradas, posteriormente, como dificuldades e perturbações emocionais e mentais.
3. A possessão de espíritos malignos.

Em várias ocasiões, Jesus explicou aos seus apóstolos sobre a natureza e algo a respeito da origem desses espíritos maus, também chamados, naquela época, de espíritos impuros. O Mestre bem sabia a diferença entre a posse dos espíritos malignos e a insanidade, mas os apóstolos não sabiam. Aquilo não era compreensível para eles, e Jesus, tampouco, podia fazer-lhes entender nada dessa questão, em vista dos conhecimentos limitados deles sobre a história anterior de Urântia. Por muitas vezes, todavia, Jesus disse-lhes, aludindo a tais espíritos malignos: “Eles não mais molestarão os homens quando eu tiver ascendido ao meu Pai no céu, e depois que eu houver efundido o meu espírito sobre toda a carne, na época em que o Reino virá em grande poder e glória espiritual”.

De semana a semana e de mês a mês, durante todo esse ano, os apóstolos deram mais e mais atenção à ministração da cura aos doentes.

5. A UNIDADE ESPIRITUAL

Uma das palestras noturnas mais movimentadas de Amatos foi a reunião em que se discutiu sobre a unidade espiritual. Tiago Zebedeu havia perguntado: “Mestre, como aprenderemos a ver de um modo igual, para assim desfrutarmos de maior harmonia entre nós próprios?” Quando Jesus ouviu essa pergunta, ficou tão tocado, dentro do seu espírito, que respondeu: Tiago, Tiago, quando foi que eu ensinei a vós que devêsseis ver tudo do mesmo modo? Eu vim ao mundo para proclamar a liberdade espiritual, com o fito de que os mortais pudessem ter o poder de viver vidas individuais de originalidade e de liberdade, diante de Deus. Eu não desejo que a harmonia social e a paz fraterna sejam compradas com o sacrifício da livre personalidade e da originalidade espiritual. O que eu vos peço, meus apóstolos, é a unidade espiritual – e isso vós podeis experimentar na alegria da vossa dedicação unida a fazer de todo o coração a vontade do meu Pai no céu. Vós não tendes que ver de um modo igual, nem tendes de sentir do mesmo modo, nem mesmo pensar da mesma maneira, para serdes espiritualmente iguais. A unidade espiritual deriva-se da consciência de que cada um de vós é residido, e crescentemente dominado, pela dádiva espiritual do Pai celeste. A vossa harmonia apostólica deve crescer do fato de que a esperança espiritual de todos vós é idêntica pela origem, natureza e destino.

“Desse modo, vós podeis experienciar uma unidade perfeccionada de propósito espiritual e compreensão espiritual, que nasce sim da consciência comum da identidade dos vossos espíritos residentes vindos do Paraíso; e vós podeis desfrutar de toda essa profunda unidade espiritual, mesmo diante da maior diversidade entre as vossas atitudes individuais de pensamento intelectual, de sentimentos, de temperamento e de conduta social. As vossas personalidades podem ser diversas de um modo animador, e marcadamente diferentes, enquanto as vossas naturezas espirituais e os vossos frutos espirituais, de adoração divina e de amor fraterno, podem ser tão unificados que todos aqueles que contemplarem as vossas vidas irão certamente tomar conhecimento dessa identidade de espírito e dessa unidade de alma; eles irão reconhecer que vós estivestes comigo e que, por meio desse fato e de um modo aceitável, aprendestes como fazer a vontade do Pai no céu. Vós podeis alcançar a unidade, no serviço de Deus, até mesmo quando estiverdes prestando tal serviço segundo a técnica dos vossos próprios dons de mente, corpo e alma.

“A vossa unidade espiritual implica duas coisas que sempre se harmonizarão nas vidas dos crentes individuais. A primeira: vós estais possuídos por um motivo comum para uma vida de serviço; todos vós desejais fazer, acima de qualquer coisa, a vontade do Pai no céu. E a segunda: todos vós tendes uma meta comum de existência; todos vós tendes o propósito de encontrar o Pai nos céus para, por meio disso, demonstrardes ao universo que vos tornastes como Ele.”

Muitas vezes, durante o aperfeiçoamento dos doze, Jesus retomou esse tema. Repetidamente disse-lhes não ser do seu desejo que aqueles que acreditavam nele, devessem tornar-se dogmatizados e padronizados, de acordo com a interpretação religiosa, ainda que fosse como homens bons. De novo e de novo ele preveniu aos seus apóstolos contra a formulação de credos e contra o estabelecimento de tradições, como um meio de guiar e de controlar os crentes no evangelho do Reino.

6. A ÚLTIMA SEMANA EM AMATOS

Perto do fim da última semana em Amatos, Simão zelote trouxe a Jesus um certo Teherma, um persa que fazia negócios em Damasco. Teherma havia ouvido falar de Jesus e tinha vindo a Cafarnaum para vê-lo; e, uma vez lá, sendo informado de que Jesus havia seguido com os seus apóstolos Jordão abaixo a caminho de Jerusalém, ele partiu para encontrá-lo. André havia apresentado Teherma a Simão, para a instrução. Simão via o persa como um “adorador do fogo”, embora Teherma só a duras penas conseguisse explicar que o fogo era apenas o símbolo visível do Único Puro e Sagrado. Depois de conversar com Jesus, o persa demonstrou a sua intenção de permanecer por vários dias para ouvir os ensinamentos e para escutar as pregações.

Quando Simão zelote e Jesus estavam a sós, Simão perguntou ao Mestre: “Por que é que eu não consegui persuadi-lo? Por que é que ele resistia tanto a mim, e tão prontamente deu ouvidos a ti?” Jesus respondeu: “Simão, Simão, quantas vezes eu te ensinei sobre absteres-te de qualquer esforço para tirar algo de dentro dos corações daqueles que buscam a salvação? Quão freqüentemente eu não tenho dito a ti para trabalhar apenas para colocar algo dentro dessas almas famintas? Conduz os homens ao Reino; e as verdades grandes e vivas do Reino, em breve, expulsarão todos os erros sérios. Quando tiveres apresentado ao homem mortal as boas-novas de que Deus é o Pai dele, tu poderás, com mais facilidade, persuadi-lo de que ele é, em realidade, um filho de Deus. E tendo feito isso, tu terás trazido a luz da salvação para aquele que estava nas trevas. Simão, quando o Filho do Homem chegou a ti pela primeira vez, ele chegou denunciando Moisés e os profetas, na proclamação de um novo e melhor caminho de vida? Não. Eu não vim para tirar aquilo que todos vós recebestes dos vossos antepassados, mas para mostrar-vos a visão perfeccionada daquilo que os vossos pais viram apenas parcialmente. Vai então, Simão, ensinar sobre o Reino e pregá-lo; e, quando tu tiveres trazido um homem com certeza e segurança para dentro do Reino, então é o momento, quando ele vier a ti com perguntas, de dar-lhe a instrução que tem a ver com o avanço progressivo da alma para dentro do Reino divino”.

Simão ficara pasmo com essas palavras, e fez como Jesus lhe tinha instruído, e Teherma, o persa, estava entre aqueles que entraram no Reino.

Naquela noite, Jesus discursou aos apóstolos sobre a nova vida no Reino. O que ele disse, em parte, foi: “Quando entrardes no Reino, vós renascereis. Vós não podeis ensinar as coisas profundas do espírito àqueles que nasceram apenas na carne; vede primeiro se os homens nasceram para o espírito antes de tentardes instruí-los nos caminhos avançados do espírito. Não vos comprometais em mostrar aos homens as belezas do templo sem terdes, antes, levado-os até o templo. Apresentai a Deus os homens, como filhos de Deus, antes de discursar sobre as doutrinas da paternidade de Deus e a filiação dos homens. Não disputeis com os homens – sede pacientes, sempre. O Reino não é vosso; sois apenas os embaixadores. Simplesmente proclamai que esse é o Reino do céu – Deus é o vosso Pai e vós sois os Seus filhos e essa é a boa-nova; se acreditardes nela de todo o coração, ela será a vossa salvação eterna”.

Os apóstolos fizeram um grande progresso durante a permanência em Amatos. No entanto, ficaram muito decepcionados porque Jesus não deu a eles nenhuma sugestão sobre como lidar com os discípulos de João. Mesmo sobre a importante questão do batismo, tudo o que Jesus disse foi: “De fato, João batizou com a água, mas, quando entrardes no Reino do céu, vós sereis batizados com o Espírito”.

7. NA BETÂNIA, ALÉM DO JORDÃO

Aos 26 de fevereiro, Jesus, os seus apóstolos e um grande grupo de seguidores viajaram Jordão abaixo até um vau perto da Betânia, na Peréia, local onde João fizera a primeira proclamação do Reino vindouro. Junto com os seus apóstolos, Jesus permaneceu ali, ensinando e pregando, durante quatro semanas, antes de irem todos para Jerusalém.

Na segunda semana de permanência na Betânia, além do Jordão, Jesus levou Pedro, Tiago e João até as colinas, depois do rio, ao sul de Jericó, para um descanso de três dias. O Mestre ensinou aos três muitas verdades novas e avançadas sobre o Reino do céu. Com o propósito de fazer o registro desses ensinamentos, nós os reorganizamos e classificamos, como a seguir:
Jesus empenhou-se em deixar clara a sua vontade de que os discípulos, havendo provado das boas realidades espirituais do Reino, vivessem no mundo de modo tal modo que os homens, vendo a vida deles, se tornassem conscientes do Reino e conseqüentemente fossem levados a perguntar aos crentes sobre os caminhos para o Reino. E todos esses buscadores sinceros da verdade, de fato, ficaram alegres ao ouvir as boas-novas sobre a dádiva da fé que assegura a admissão ao Reino, com as suas realidades espirituais eternas e divinas.

O Mestre buscava imprimir, em todos os instrutores do evangelho do Reino, a sua única meta que era revelar Deus, para o homem individual, como o seu Pai – para conduzir esse homem individual a tornar-se consciente da sua filiação; e então apresentar esse mesmo homem a Deus, como o seu filho pela fé. Ambas essas revelações essenciais são realizadas em Jesus. Ele tornou-se, de fato, “o caminho, a verdade e a vida”. A religião de Jesus era inteiramente baseada na sua vida de auto-outorga na Terra. Quando Jesus partiu deste mundo, ele não deixou para trás livros ou leis, nem outras formas de organização humana, ligadas à vida religiosa do indivíduo.

Jesus explicou claramente que tinha vindo para estabelecer relações pessoais e eternas com os homens, relações estas que teriam precedência sobre todas as outras relações humanas. E enfatizou que essa relação espiritual íntima, de comunhão, seria estendida a todos os homens, de todas as idades e de todas as condições sociais, dentre todos os povos. A recompensa única que ele tinha para os seus filhos era: neste mundo – uma alegria espiritual e a comunhão divina; no próximo mundo – uma vida eterna, de progresso nas realidades espirituais divinas do Pai do Paraíso.

Jesus colocou grande ênfase naquilo que chamava as duas verdades de primeira importância nos ensinamentos do Reino, sendo elas: alcançar a salvação pela fé, e apenas pela fé; e associá-la ao ensinamento revolucionário da realização da liberdade humana, por intermédio do reconhecimento sincero da verdade de que “vós conhecereis a verdade, e a verdade libertar-vos-á”. Jesus era a verdade manifestada na carne, e ele prometeu enviar o seu Espírito da Verdade aos corações de todos os seus filhos, depois do seu retorno ao Pai no céu.
O Mestre estava ensinando a esses apóstolos os elementos essenciais da verdade, para toda uma idade na Terra. Eles frequentemente ouviam os seus ensinamentos, ainda que, na realidade no que ele dizia, houvesse a intenção de ser a inspiração e a edificação de outros mundos. O exemplo dele foi um plano novo e original de vida. Do ponto de vista humano ele foi realmente um judeu, mas viveu a sua vida para todos os mundos, como um mortal desta esfera.

Para assegurar o reconhecimento do seu Pai, no desdobrar do plano do Reino, Jesus explicou que, propositalmente, havia ignorado os “grandes homens da Terra”. Ele começou o seu trabalho com os pobres, a mesma classe que tinha sido tão negligenciada pela maioria das religiões evolucionárias dos tempos precedentes. Ele não desprezava nenhum homem; o seu plano abrangia o mundo inteiro e era de fato universal. Ele era tão audacioso e enfático nesses anúncios, que até mesmo Pedro, Tiago e João foram tentados a pensar que ele pudesse talvez estar fora de si.

Docemente, Jesus buscou levar aos apóstolos a verdade de que havia vindo, na sua missão de outorga, não para estabelecer um exemplo para umas poucas criaturas da Terra, mas para estabelecer e demonstrar um modo exemplar de vida humana para todos os povos de todos os mundos do seu universo inteiro. E esse modo de vida aproximou-se da mais alta perfeição, e mesmo da bondade final do Pai Universal. No entanto, os apóstolos não puderam compreender o significado das suas palavras.

Ele anunciou que havia vindo para funcionar como um instrutor, um instrutor enviado do céu para apresentar a verdade espiritual à mente material. E isso foi exatamente o que ele fez; sendo um instrutor, não um pregador. Do ponto de vista humano, Pedro foi muito mais efetivamente um pregador do que Jesus. A pregação de Jesus era bastante eficiente por causa da sua personalidade única, mais do que em decorrência de um atrativo irresistível, oratório ou emocional. Jesus falava diretamente às almas dos homens. Ele era um instrutor dos espíritos dos homens, mas instruía por meio da mente. Ele viveu com os homens.

Foi nessa ocasião que Jesus confessou a Pedro, a Tiago e a João que o seu trabalho na Terra devia, sob alguns pontos de vista, ficar limitado pelos mandatos dos seus “colaboradores no alto”, referindo-se às instruções de pré-outorga de Emanuel, o seu irmão do Paraíso. E disse a eles que havia vindo para fazer a vontade do seu Pai e apenas a vontade do seu Pai. Como estivesse motivado por uma unicidade totalmente sincera de propósito, ele não se preocupava, de um modo ansioso, com o mal no mundo.

Os apóstolos estavam começando a reconhecer a amizade espontânea de Jesus. Embora o Mestre fosse de aproximação fácil, ele vivia sempre independentemente de todos os seres humanos, e acima deles. Jamais, sequer por um momento, ele foi dominado por qualquer influência mortal ou sujeitou-se ao débil julgamento humano. Ele não dava atenção à opinião pública, e não era influenciado pelo elogio. Raramente perdia tempo em corrigir mal-entendidos, ou se ressentia com as apresentações falsas dos fatos. Nunca pediu conselhos a nenhum homem, nem fez pedidos de preces.

Tiago ficava maravilhado de ver como Jesus parecia antever o fim a partir de um simples começo. O Mestre raramente parecia surpreender-se. Nunca se mostrava agitado, vexado ou desconcertado. Ele nunca precisou pedir desculpas a nenhum homem. Algumas vezes ficava triste, mas nunca desalentado.
João reconhecia claramente que, não obstante todos os seus dons divinos, ele era humano, afinal. Jesus viveu como um homem, entre os homens; e compreendeu os homens, amou-os e sabia como comandá-los. Na sua vida pessoal, era tão humano, quanto incapaz de errar. E era sempre altruísta.

Embora Pedro, Tiago e João não pudessem compreender muito do que Jesus dizia, nessa ocasião, as suas palavras plenas de graça gravaram-se nos corações deles e, depois da crucificação e da ressurreição, elas ressurgiram para enriquecer grandemente e alegrar as suas ministrações posteriores. Não é de se admirar que esses apóstolos não tenham compreendido as palavras do Mestre, pois ele estava projetando sobre eles o plano de uma nova idade.

8. TRABALHANDO EM JERICÓ

Durante a permanência de quatro semanas, na Betânia, além do Jordão, várias vezes por semana André designaria duplas apostólicas para irem a Jericó, por um dia ou dois. João tinha muitos crentes em Jericó, e a maioria deles recebia bem os ensinamentos mais avançados de Jesus e dos seus apóstolos. Nessas visitas a Jericó, os apóstolos começaram mais especificamente a cumprir as instruções de Jesus, de que ministrassem aos doentes; eles visitavam cada casa da cidade e procuravam confortar todas as pessoas afligidas.

Os apóstolos realizaram algum trabalho público em Jericó, mas os seus esforços eram principalmente de natureza mais silenciosa e pessoal. Agora eles faziam a descoberta de que as boas-novas do Reino eram muito confortantes para os doentes; que a sua mensagem trazia a cura aos afligidos. E foi em Jericó que a missão dada por Jesus aos doze, de pregar as boas-novas do Reino e ministrar aos aflitos, foi pela primeira vez levada a efeito.

Eles pararam em Jericó, a caminho de Jerusalém, e foram surpreendidos por uma delegação, da Mesopotâmia, que havia vindo para conversar com Jesus. Os apóstolos haviam planejado passar apenas um dia ali, mas, quando chegaram esses buscadores da verdade, vindos do leste, Jesus passou três dias com eles, e eles voltaram para as suas casas, ao longo do Eufrates, felizes com o conhecimento das novas verdades sobre o Reino do céu.

9. PARTINDO PARA JERUSALÉM

Na segunda-feira, o último dia de março, Jesus e os apóstolos começaram a sua viagem de subida das colinas até Jerusalém. Lázaro, da Betânia, havia descido até o Jordão, duas vezes, para ver Jesus; e todos os arranjos haviam sido feitos para que o Mestre e os seus apóstolos tivessem o seu centro de operações na casa de Lázaro e das suas duas irmãs, na Betânia, enquanto quisessem permanecer em Jerusalém.

Os discípulos de João permaneceram na Betânia, depois do Jordão, ensinando e batizando as multidões, de modo que Jesus foi acompanhado apenas pelos doze até chegar na casa de Lázaro. E, lá, Jesus e os apóstolos permaneceram durante cinco dias, descansando e restaurando as forças, antes de irem até Jerusalém para a Páscoa. Foi um grande acontecimento, na vida de Marta e de Maria, terem o Mestre e os seus apóstolos no lar do irmão delas, onde elas podiam ministrar segundo as necessidades deles.

No domingo, 6 de abril, pela manhã, Jesus e os apóstolos desceram em direção a Jerusalém; e essa foi a primeira vez que o Mestre e todos os doze estiveram juntos ali.

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