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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Serie - (10) A vida e os ensinamentos de jesus - A vida adulta de jesus

Serie - (10) A vida e os ensinamentos de jesus - A vida adulta de jesus

Esta série foi extraída do Livro de Urântia. Os 77 capítulos, mais de 700 páginas, que ocupam um terço do livro, dão dia a dia, toda a vida de Jesus Cristo desde sua infância. Dão 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus do que a Bíblia. É o relato mais espiritual sobre Jesus até hoje escrito.



A VIDA ADULTA DE JESUS

Jesus havia-se separado plena e finalmente da administração dos assuntos domésticos da família de Nazaré e da participação imediata na orientação a cada um dos seus membros. E, até o evento do seu batismo, continuou a contribuir com as finanças da família e manteve um grande interesse pessoal nos assuntos espirituais de cada um dos seus irmãos e irmãs. Estava sempre pronto para fazer tudo o que lhe fosse humanamente possível para o conforto e a felicidade da sua mãe enviuvada.

O Filho do Homem havia agora feito toda a preparação para separar-se permanentemente do lar de Nazaré; e isso não tinha sido fácil para ele. Jesus amava naturalmente a sua gente; amava a sua família, e o seu afeto natural tinha sido tremendamente aumentado pela sua extraordinária devoção a eles. Quanto mais profundamente nos entregamos aos nossos semelhantes, tanto mais chegamos a amá-los; e, posto que Jesus se havia doado tão plenamente à sua família, ele amava-os com uma afeição grande e calorosa.

Toda a família tinha despertado gradualmente para a compreensão de que Jesus estava preparando-se para deixá-los. A tristeza da separação, que se avizinhava, era atenuada apenas pela maneira gradativa de prepará-los para o anúncio da sua intenção de partir. Havia mais de quatro anos que eles percebiam que ele vinha planejando essa separação final.

1. O VIGÉSIMO SÉTIMO ANO (21 d.C.)

Em janeiro do ano 21, em uma manhã chuvosa de domingo, sem maiores cerimônias, Jesus despediu-se da sua família, explicando apenas que estava indo para Tiberíades e depois para uma visita a outras cidades próximas do mar da Galiléia. E assim ele os deixou, para nunca mais se constituir em um membro regular daquele lar.

Ele passou uma semana em Tiberíades, a nova cidade que iria em breve suceder a Séforis como capital da Galiléia; e, pouco encontrando que o interessasse, continuou sucessivamente passando por Magdala e Betsaida até Cafarnaum, onde parou para fazer uma visita a Zebedeu, o amigo do seu pai. Os filhos de Zebedeu eram pescadores; ele próprio era um construtor de barcos. Jesus de Nazaré era um especialista tanto em projetar como em construir; era um mestre em trabalhar com madeira; e Zebedeu há muito tempo sabia da habilidade do artesão de Nazaré. Zebedeu acalentava, havia muito tempo já, a idéia de construir melhores barcos; e agora ele colocava os seus planos diante de Jesus, convidando o carpinteiro visitante para juntar-se a ele na empresa; e Jesus consentiu prontamente.

Jesus trabalhou com Zebedeu apenas durante pouco mais do que um ano, mas durante esse tempo ele criou um estilo novo de barcos e estabeleceu métodos inteiramente novos para a fabricação dos mesmos. Por meio de uma técnica superior e métodos bastante desenvolvidos de trabalhar as pranchas com o vapor, Jesus e Zebedeu começaram a construir barcos de um tipo bastante superior, pois ofereciam muito mais segurança para navegar no lago do que os tipos mais antigos. Por vários anos Zebedeu teve mais trabalho, produzindo esses barcos com um novo estilo, do que o seu pequeno estabelecimento podia produzir; em menos de cinco anos praticamente todos os barcos no lago tinham sido construídos na oficina de Zebedeu em Cafarnaum. Jesus tornou-se bem conhecido dos pescadores da Galiléia como o projetista dos novos barcos.

Zebedeu estava moderadamente bem de vida; as suas oficinas de construção de barcos ficavam no lago, ao sul de Cafarnaum, e a sua casa estava situada na margem do lago perto do centro de pescaria de Betsaida. Jesus viveu na casa de Zebedeu durante a sua permanência de mais de um ano em Cafarnaum. Ele já havia trabalhado por bastante tempo sozinho no mundo, isto é, sem um pai, e assim desfrutou muito desse período de trabalho com um pai-sócio.

A mulher de Zebedeu, Salomé, era parente de Anás, que tinha sido o sumo sacerdote de Jerusalém e que ainda exercia muita influência sobre o grupo saduceu, tendo sido deposto há apenas oito anos. Salomé tornou-se uma grande admiradora de Jesus. Ela amava-o como amava os seus próprios filhos, Tiago, João e Davi; enquanto as suas quatro filhas consideravam Jesus como um irmão mais velho. Jesus saía sempre para pescar com Tiago, João e Davi, e eles concluíram logo que Jesus era um pescador experimentado tanto quanto um perito construtor de barcos.

Por todo esse ano Jesus enviou dinheiro, todos os meses, para Tiago. Jesus voltou a Nazaré em outubro para comparecer ao casamento de Marta; e não voltou a Nazaré por mais de dois anos, até que o fez um pouco antes do casamento duplo de Simão e Judá.
Durante esse ano Jesus construiu barcos e continuou a observar como os homens viviam na Terra. Frequentemente ia até a estação da caravana, pois Cafarnaum ficava na rota direta de Damasco para o sul. Cafarnaum era um forte posto militar romano, e o oficial comandante da guarnição era um crente gentil de Yavé, “um homem devoto”, como os judeus tinham o hábito de designar tais prosélitos. Esse oficial, pertencendo a uma rica família romana, tomou para si a tarefa de construir uma bela sinagoga em Cafarnaum, a qual fora presenteada aos judeus um pouco antes de Jesus ter vindo viver com Zebedeu. Durante esse período, Jesus conduziu os serviços nessa nova sinagoga por mais de meio ano, e algumas das pessoas das caravanas, que tiveram a oportunidade de vê-lo, lembravam-se dele como o carpinteiro de Nazaré.

Quando veio o pagamento de impostos, Jesus registrou-se como um “artesão habilitado de Cafarnaum”. Desse dia em diante até o fim da sua vida terrena ele ficou conhecido como residente em Cafarnaum. E nunca alegou nenhuma outra residência legal, embora por várias razões, ele tenha permitido a outros designar a sua residência como sendo Damasco, Betânia, Nazaré e mesmo Alexandria.

Na sinagoga de Cafarnaum ele encontrou muitos novos livros nas estantes da biblioteca, e passava pelo menos cinco tardes por semana em estudos intensos. Uma noite ele devotava à vida social com os mais velhos, e uma noite ele passava com a gente jovem. Havia alguma coisa de muito graciosa e inspiradora na personalidade de Jesus, que invariavelmente atraía a gente jovem. Pois Jesus sempre os fez sentirem-se à vontade na sua presença. Talvez o seu grande segredo em dar-se bem com eles consistisse nos dois fatos seguintes: que estivesse sempre interessado no que faziam, e que raramente lhes oferecia conselho, a menos que o pedissem.

A família de Zebedeu adorava quase a Jesus, e nunca deixou de estar presente às conversas, com perguntas e respostas, que ele conduzia todas as noites após o jantar, antes de ir até a sinagoga para estudar. Os vizinhos mais jovens também vinham freqüentemente para essas reuniões depois do jantar. Nessas pequenas reuniões Jesus dava instruções variadas e adiantadas, tão avançadas quanto pudessem compreender. Falava bastante livremente com eles, expressando as suas idéias e ideais sobre política, sociologia, ciência e filosofia, mas nunca pretendia falar com autoridade final, exceto se se tratasse de religião – a relação do homem com Deus.

Uma vez por semana Jesus fazia uma reunião com todo o pessoal da casa, da loja e dos canteiros de trabalho, pois Zebedeu tinha muitos empregados. E entre esses trabalhadores é que Jesus, pela primeira vez, foi chamado “o Mestre”. Todos eles amavam-no. E Jesus gostava dos seus trabalhos com Zebedeu em Cafarnaum, mas sentia saudade das crianças brincando ao lado da oficina de carpinteiro de Nazaré.
Dos filhos de Zebedeu, Tiago era o mais interessado em Jesus como professor e como filósofo. João gostava mais dos seus ensinamentos religiosos e das suas opiniões. Davi respeitava-o como um artesão, mas dava pouca importância aos seus ensinamentos filosóficos e à sua visão religiosa.

Frequentemente Judá vinha no sábado para ouvir Jesus falar na sinagoga e ficava para conversar com ele. E quanto mais Judá via o seu irmão mais velho, mais convencido ficava de que Jesus era verdadeiramente um grande homem.
Nesse ano Jesus fez grandes progressos quanto à mestria ascendente da sua mente humana e alcançou níveis novos e elevados de contato consciente com o seu Ajustador do Pensamento residente.

Esse foi o último ano estável da sua vida. Nunca mais Jesus passou um ano inteiro em um mesmo lugar ou em um mesmo empreendimento. Os dias das suas peregrinações terrenas estavam aproximando-se rapidamente. Os períodos de atividade intensa não estavam muito longe no futuro, mas, entre a sua vida simples e intensamente ativa do passado e o seu ministério público ainda mais extenuante, restavam agora uns poucos anos de longas viagens e de atividades pessoais altamente diversificadas. O seu aprendizado, como um homem do reino, tinha de ser completado antes que ele pudesse entrar na sua carreira de ensinamentos e de pregação como o Deus-homem perfeito das suas fases divinas e pós-humanas, na sua auto-outorga em Urântia.

2. O VIGÉSIMO OITAVO ANO (22 d.C.)

Em março do ano 22 d.C., Jesus despediu-se de Zebedeu e de Cafarnaum. Pediu uma pequena soma de dinheiro para cobrir as suas despesas a fim de ir a Jerusalém. Enquanto trabalhava com Zebedeu ele havia retirado apenas pequenas somas de dinheiro, que a cada mês ele enviava à família em Nazaré. Um mês José viria a Cafarnaum buscar o dinheiro; no mês seguinte Judá viria a Cafarnaum, pegar o dinheiro com Jesus e levá-lo para Nazaré. O ponto de pescaria de Judá distava apenas uns poucos quilômetros de Cafarnaum, ao sul.
Quando deixou a família de Zebedeu, Jesus concordou em permanecer em Jerusalém até a época da Páscoa, e eles todos prometeram estar presentes para aquele acontecimento. Até mesmo arranjaram para celebrar juntos a ceia da Páscoa. E todos se entristeceram quando Jesus os deixou, especialmente as filhas de Zebedeu.

Antes de deixar Cafarnaum, Jesus teve uma longa conversa com o seu recente amigo e companheiro muito ligado, João Zebedeu. Disse a João que esperava viajar muito, até que “a minha hora chegue”, e pediu-lhe para ocupar o seu lugar na questão de enviar algum dinheiro para a família de Nazaré todo mês, até que acabassem os fundos que lhe eram devidos. E João fez a ele esta promessa: “Meu Mestre, vai cuidar dos teus assuntos, faze o teu trabalho no mundo; eu tomarei o teu lugar nesta, como em qualquer outra questão, e velarei pela tua família do mesmo modo como cuidaria da minha própria mãe e das minhas irmãs e meus irmãos. Usarei as tuas economias, que o meu pai mantém, exatamente como tu instruíste e do modo que se fizerem necessárias e, quando o teu dinheiro tiver sido gasto, se não receber mais de ti, e se a tua mãe estiver necessitada, então partilharei das minhas próprias economias com ela. Segue o teu caminho em paz. Estarei no teu lugar para todas essas questões”.

Assim procedendo, depois que Jesus havia partido para Jerusalém, João consultou o seu pai, Zebedeu, a respeito do dinheiro devido a Jesus, e ficou surpreso, pois era uma soma bastante grande. Como Jesus tinha deixado inteiramente nas mãos deles a questão, eles concordaram que o melhor a fazer seria investir esse fundo em propriedades e usar a renda para a assistência à família em Nazaré; e, como Zebedeu sabia de uma pequena casa hipotecada e à venda em Cafarnaum, ele mandou que João comprasse essa casa com o dinheiro de Jesus e que guardasse para o seu amigo o título de propriedade. E João fez como o seu pai lhe aconselhara. Por dois anos o aluguel dessa casa foi usado na amortização da hipoteca e, tudo isso, aumentado por uma certa soma grande que Jesus logo enviou a João, para ser usada pela família conforme necessário, quase igualava o total de tal hipoteca; e Zebedeu arcou com a diferença, de modo que João pagou o restante da hipoteca no tempo devido, assegurando com isso um título livre a essa casa de dois cômodos. Desse modo Jesus tornou-se o proprietário de uma casa em Cafarnaum, mas isso não lhe havia sido dito.

Quando a família em Nazaré soube que Jesus tinha partido de Cafarnaum, e não sabendo desse arranjo financeiro com João, eles acreditaram que chegara a hora de passarem sem qualquer ajuda de Jesus. Tiago lembrou-se do seu contrato com Jesus e, com a ajuda dos seus irmãos, assumiu daí em diante a responsabilidade total pela família.
Voltemo-nos, contudo, a observar Jesus em Jerusalém. Por quase dois meses ele passou a maior parte do seu tempo ouvindo as discussões no templo, com visitas ocasionais às várias escolas dos rabinos. A maior parte dos dias de sábado ele passava na Betânia.

Jesus tinha levado consigo, a Jerusalém, uma carta de Salomé, a esposa de Zebedeu, apresentando-o ao antigo alto sacerdote, Anás, como “um que é como o meu próprio filho”. Anás passou muito tempo com ele, pessoalmente levando-o para visitar as muitas academias dos mestres religiosos de Jerusalém. Enquanto inspecionava a fundo essas escolas e cuidadosamente observava os seus métodos de ensino, Jesus nunca fazia uma pergunta sequer em público. Embora Anás considerasse Jesus um grande homem, estava indeciso quanto a que conselho dar-lhe. Ele reconhecia a tolice que seria sugerir a Jesus entrar para qualquer das escolas de Jerusalém como estudante e, por outro lado, sabia muito bem que a Jesus nunca seria concedida a posição de um mestre regular, pois ele não havia sido educado naquelas escolas.

O momento da Páscoa aproximava-se, e, junto com as multidões que vinham de todos os locais, Zebedeu e a sua família inteira chegaram em Jerusalém, vindos de Cafarnaum. E todos ficaram na casa espaçosa de Anás, onde celebraram a Páscoa como uma família feliz.
Antes do término desse fim de semana de Páscoa, aparentemente por acaso, Jesus conheceu um rico viajante e o seu filho, um rapaz de dezessete anos. Esses viajantes vinham da Índia e, estando a caminho de visitar Roma e vários outros pontos no Mediterrâneo, tinham arranjado para chegar em Jerusalém durante a Páscoa, esperando encontrar alguém que pudessem ter como intérprete para ambos e como tutor para o filho. O pai estava insistindo para que Jesus consentisse em viajar com eles. Jesus lhe contou sobre a sua família e disse-lhe que não era justo permanecer longe deles por quase dois anos, sendo que durante esse tempo eles poderiam achar-se em alguma necessidade. Então, esse viajante do Oriente propôs adiantar os salários de um ano a Jesus, de tal modo que ele pudesse confiar esses fundos aos seus amigos para a salvaguarda da sua família em caso de necessidade e, assim, Jesus concordou em fazer a viagem.

Jesus remeteu essa grande soma para João, filho de Zebedeu. E vós já sabeis que João aplicou esse dinheiro na liquidação da hipoteca da propriedade de Cafarnaum. Jesus contou sobre essa viagem ao Mediterrâneo a Zebedeu, mas fê-lo prometer não dizer a ninguém, nem mesmo à sua carne e sangue, e Zebedeu nunca revelou o que sabia sobre o paradeiro de Jesus, durante esse longo período de quase dois anos. Antes que Jesus voltasse dessa viagem, a família em Nazaré havia presumido então que ele já estivesse morto. Apenas a certeza dada por Zebedeu, que fora a Nazaré com o seu filho João em várias ocasiões, mantinha viva a esperança dentro do coração de Maria.

Durante esse tempo, a família de Nazaré dava-se muito bem; Judá havia aumentado consideravelmente a sua cota e manteve essa contribuição até o seu casamento. Não obstante a pouca assistência de que eles necessitavam, era costume de João Zebedeu levar presentes todos os meses para Maria e Rute, segundo as instruções de Jesus.

3. O VIGÉSIMO NONO ANO ( 23 d.C.)


Todo o vigésimo nono ano de Jesus foi passado completando a viagem pelo Mundo Mediterrâneo. Os eventos principais dessas experiências, até onde nos foi permitido revelar, constituem matéria para as narrativas que vêm imediatamente em seguida a este documento.

Durante essa viagem ao mundo romano, por muitas razões, Jesus ficou conhecido como o Escriba de Damasco. Em Corinto e noutras escalas da viagem de volta ele ficou conhecido, contudo, como o Preceptor judeu.

Esse foi um período movimentado na vida de Jesus. Ainda que nessa viagem ele tenha feito muitos contatos com os seus semelhantes humanos, essa foi uma experiência da qual ele nunca revelou nada a nenhum membro da sua família, nem a nenhum dos apóstolos. Jesus viveu a sua vida na carne e partiu deste mundo sem que ninguém (salvo Zebedeu de Betsaida) soubesse que ele havia feito essa longa viagem. Alguns dos seus amigos pensaram que ele tinha voltado para Damasco; outros pensaram que ele tivesse ido à Índia. A sua própria família estava inclinada a acreditar que ele estivera em Alexandria, pois sabiam que ele tinha sido convidado certa vez a ir até lá para tornar-se um chazam assistente.

Quando retornou à Palestina, Jesus nada fez para mudar, junto à sua família, a opinião de que ele tinha ido de Jerusalém para Alexandria; e possibilitou-lhes continuarem na crença de que, todo o tempo de sua ausência da Palestina, ele o tinha passado naquela cidade de conhecimento e de cultura. Apenas Zebedeu, o construtor de barcos de Betsaida, conhecia os fatos sobre essas questões; e Zebedeu nada contou a ninguém.

Em todos os vossos esforços para decifrar o significado da vida de Jesus em Urântia, deveis ter sempre em mente os motivos da auto-outorga de Michael. Se quiserdes compreender o significado de muitos dos seus feitos aparentemente estranhos, deveis discernir o propósito da estada dele no vosso mundo. Ele trazia a preocupação constante de não erigir uma carreira pessoal superatraente e que absorvesse por demais as atenções. E não queria exercer apelos de poderes inusitados sobre os seus semelhantes humanos. Estava doado ao trabalho de revelar o Pai celeste aos seus semelhantes mortais e, ao mesmo tempo, estava consagrado à tarefa sublime de viver a sua vida mortal terrena submetendo-se constantemente à vontade desse mesmo Pai no Paraíso.

Será sempre de muita ajuda, para compreender-se a vida de Jesus na Terra, se todos os mortais que estudarem essa auto-outorga divina lembrarem-se de que, enquanto viveu essa vida de encarnação em Urântia, Jesus a viveu para todo o seu universo. Para todas as esferas habitadas, em todo o universo de Nébadon, algo de especial e de inspirador ficou associado à vida que ele viveu na carne e na natureza mortal. O mesmo é verdade, também, para todos aqueles mundos que se tornaram habitados posteriormente às épocas movimentadas da sua permanência em Urântia. E, do mesmo modo, isso será igualmente verdade para todos os mundos que possam vir a tornar-se habitados, pelas criaturas de vontade, em toda a história futura deste universo local.

Durante o tempo e as experiências dessa viagem pelo mundo romano, o Filho do Homem praticamente completou o seu contato de aperfeiçoamento educacional com os povos diversificados do mundo dos seus dias e da sua geração. À época do seu retorno a Nazaré, por intermédio dessa viagem de aprendizado, ele já conhecia praticamente como o homem vivia e construía a sua existência em Urântia.

O propósito real da sua viagem, pela bacia do Mediterrâneo, foi conhecer os homens. E ele aproximou-se, muito de perto, de centenas de seres humanos, nessa viagem. Conheceu e amou a todas as espécies de homens, ricos e pobres, poderosos e miseráveis, negros e brancos, educados e não educados, cultos e incultos, embrutecidos e espiritualizados, religiosos e irreligiosos, morais e imorais.

Nessa viagem pelo Mediterrâneo, Jesus conseguiu grandes avanços na sua tarefa humana de mestria sobre a sua mente material e mortal; e o seu Ajustador residente fez um grande progresso de ascensão e de conquista espiritual desse intelecto humano. Ao final dessa viagem, Jesus virtualmente sabia – com toda a certeza humana – que era um Filho de Deus, um Filho Criador do Pai Universal. O Ajustador, mais e mais, tornava-se capaz de trazer à mente do Filho do Homem algumas memórias nebulosas da sua experiência no Paraíso em ligação com o seu Pai divino, bem antes mesmo de partir para organizar e administrar este universo local de Nébadon. Assim o Ajustador, pouco a pouco, trouxe à consciência humana de Jesus as memórias necessárias da sua existência anterior divina, nas várias épocas de um passado quase eterno. O último episódio da sua experiência pré-humana a ser trazido à luz pelo Ajustador foi a sua conversa de adeus com Emanuel de Sálvington, pouco antes de abandonar a sua personalidade consciente para embarcar na encarnação de Urântia. E a imagem dessa memória final da sua existência pré-humana tornou-se clara na consciência de Jesus, no mesmo dia em que foi batizado por João no Jordão.

4. O JESUS HUMANO

Para as inteligências celestes do universo local que o observavam, essa viagem pelo Mediterrâneo foi a mais cativante de todas as experiências terrestres de Jesus, pelo menos em toda a sua carreira antes do evento da sua crucificação e do fim da sua vida mortal. Esse período foi o mais fascinante do seu ministério pessoal, em contraste com a época de ministração pública, que viria logo em seguida. Esse período singular ficava ainda mais apaixonante porque, durante essa época, ele era ainda o carpinteiro de Nazaré, o construtor de barcos de Cafarnaum, o Escriba de Damasco; ele era ainda o Filho do Homem. Jesus não havia ainda alcançado a mestria completa sobre a sua mente humana; o Ajustador ainda não tinha gerado totalmente a contraparte da sua identidade mortal. E ele era ainda um homem entre os homens.

A experiência religiosa puramente humana – o crescimento pessoal espiritual – do Filho do Homem quase atingiu o apogeu da sua realização durante esse que foi o seu vigésimo nono ano. A experiência de desenvolvimento espiritual foi de um crescimento consistentemente gradativo, desde o momento da chegada do seu Ajustador do Pensamento até o dia em que se completou e confirmou-se a relação humana natural e normal entre a mente material do homem e a dotação mental do espírito – o fenômeno de fazer dessas duas mentes uma única; experiência esta que o Filho do Homem atingiu, de modo completo e em finalidade, como um mortal encarnado do reino, no dia do seu batismo no Jordão.

Durante esses anos, ainda que pareça que Jesus não se tenha empenhado em tantos períodos de comunhão formal com o seu Pai no céu, ele aperfeiçoou de modo crescente os métodos efetivos de comunicação pessoal com a presença espiritual residente do Pai do Paraíso. Ele viveu uma vida real, uma vida plena e uma vida verdadeiramente normal, natural e comum, na carne. Ele conheceu, pela via da experiência pessoal, o equivalente, na realidade, à soma e à essência totalizadora da vida levada pelos seres humanos, nos mundos materiais do tempo e do espaço.

O Filho do Homem experimentou aquelas vastas gamas de emoções humanas, que vão desde a alegria magnífica à tristeza profunda. Ele havia sido uma criança alegre e um ser de raro bom humor; e, do mesmo modo, foi um “homem de tristezas e ambientado ao sofrimento”. Num sentido espiritual, ele passou pela vida mortal de alto a baixo, do começo ao fim. De um ponto de vista material, poderia parecer ter ele escapado de viver os dois extremos sociais da existência humana, mas intelectualmente ele tornou-se totalmente familiarizado com a experiência, inteira e completa, da humanidade.

Jesus conhece os pensamentos e os sentimentos, as premências e os impulsos dos mortais evolucionários e ascendentes dos reinos, do nascimento à morte; pois viveu a vida humana desde o início da tomada de consciência física, intelectual e espiritual – passando pela infância, a meninice, a juventude e a vida adulta –, e teve inclusive a experiência humana da morte. Não apenas passou por esses períodos humanos usuais e familiares de avanço intelectual e espiritual, como experimentou, com plenitude, aquelas fases mais elevadas e mais avançadas da conciliação entre o homem e o Ajustador, que tão poucos mortais urantianos chegam a alcançar. E assim ele experimentou a vida plena do homem mortal, não apenas como é vivida no vosso mundo, mas também como é vivida em todos os outros mundos evolucionários do tempo e do espaço, e mesmo nos mais elevados e mais avançados entre todos os mundos estabelecidos em luz e vida.

Embora essa vida perfeita que ele viveu, na semelhança da carne mortal, possa não ter recebido a aprovação universal e irrestrita dos seus irmãos mortais, a quem aconteceu serem os seus contemporâneos na Terra, ainda assim a vida que Jesus de Nazaré viveu na carne, em Urântia, recebeu a aceitação plena e irrestrita do Pai Universal, constituindo-se, ao mesmo tempo, em uma mesma vida-personalidade, na plenitude da revelação do Deus eterno para o homem mortal e na apresentação da personalidade humana aperfeiçoada para a satisfação do Criador Infinito.

E foi esse o seu verdadeiro e supremo propósito. Ele não desceu até Urântia como um exemplo, perfeito nos detalhes, especialmente para qualquer criança ou adulto, homem ou mulher, em uma idade ou em uma outra. A verdade de fato é que, na sua vida plena, rica, bela e nobre, podemos todos encontrar muita coisa que é exemplar de um modo raro e divinamente inspirador; mas isso se dá porque ele viveu uma vida verdadeira e genuinamente humana. Jesus não viveu a sua vida na Terra com o fito de estabelecer um exemplo para todos os outros seres humanos copiarem. Ele viveu essa vida na carne por meio da mesma ministração de misericórdia pela qual todos vós podeis viver as vossas vidas na Terra; e viveu ele a sua vida mortal nos seus dias e como ele foi, e assim ele estabeleceu o exemplo para todos nós, do mesmo modo, vivermos as nossas vidas, nos nossos dias e tais como nós somos. Vós podeis não aspirar viver a vida dele, mas vós podeis resolver viver as vossas vidas como ele viveu a dele e pelos mesmos meios. Jesus pode não ser o exemplo exato, técnico e detalhado para todos os mortais, de todas as idades, em todos os reinos deste universo local, mas ele é, para sempre, a inspiração e o guia de todos os peregrinos que vão para o Paraíso, vindos dos mundos da ascensão inicial, atravessando um universo de universos, e passando por Havona, indo até o Paraíso. Jesus é o caminho novo e vivo do homem até Deus, do parcial ao perfeito, do terreno ao celeste, do tempo para a eternidade.

Ao fim do vigésimo nono ano, Jesus de Nazaré havia virtualmente acabado de viver a vida que é esperada que os mortais vivam, enquanto permanecem na carne. Ele veio à Terra trazendo a plenitude de Deus para manifestar-se ao homem; e agora ele transformava-se quase na perfeição de homem, aguardando a ocasião de tornar-se manifesto para Deus. E tudo isso ele fez antes de completar trinta anos de idade.

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