Quando uma sociedade entra em colapso, ela rapidamente perde a sua complexidade. Sua organização interna e instituições se degeneram, leis e tecnologias tornam-se dramaticamente mais simplificadas ao mesmo tempo em que a variabilidade de nichos sociais e de respostas adaptativas de seus habitantes tornam-se marcadamente mais estreitas.
Grandes contingentes da população passam a sofrer intensamente. Sem eletricidade, serviços de informação, comunicação, água, provisões, estrutura familiar, serviços sanitários e de saúde, todo um aglomerado populacional pode retrogradar tecnologica e socialmente centenas de anos em apenas alguns minutos.
A experiência acoplada com a observação cada vez mais me faz ver que lugares seguros, economias seguras, profissões seguras e posições seguras, são tão elusivos quanto os próprios valores em que a nossa sociedade se ergueu. Status econômico, político e intelectual não são garantia de sobrevivência nem mesmo de qualidade de sobrevida.
Nesses momentos de "desconstrução", há um senso de urgência. Estamos cientes de que o nosso comportamento como civilização não poderá ser mais tão incoerente e destrutivo quanto o foi até então do contrário estaremos a sós testemunhando a nossa própria dissolução.
Podemos despertar para o nosso senso de interdependência mútua e conectividade espiritual ou podemos nos aninhar em nossos "bunkers" individuais e esperar por um futuro egoisticamente "mais promissor" que jamais virá. Devemos olhar não para os acontecimentos mas para onde eles apontam. O futuro não é o parto mas o concepto de nossos sonhos e visões.
Martius
http://minhamestria.blogspot.com
http://a-casa-real-de-avyon.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário